Os ditadores da Rússia, Vladimir Putin, e da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontraram em reunião à margem da cúpula do BRICS, em Kazan| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER NEMENOV / POOL
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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (24) que Nicolás Maduro é o "vencedor justo" das eleições presidenciais da Venezuela, realizadas em julho.

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"Consideramos que o presidente [ditador] Maduro venceu as eleições, venceu de forma justa", disse Putin durante a entrevista coletiva final da cúpula do Brics na cidade russa de Kazan.

O chefe do Kremlin desejou a Maduro, com quem se reuniu no dia anterior, "sucesso" em "sua gestão", bem como ao povo venezuelano.

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Putin também citou uma conversa recente que teve por telefone com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a situação da Venezuela. "Acredito que as coisas vão se acertar", afirmou.

Em Kazan, o ditador russo recebeu nesta quarta-feira Nicolás Maduro, que está fazendo sua primeira viagem ao exterior desde a crise política de julho no país sul-americano.

"A Venezuela é um dos parceiros antigos e confiáveis da Rússia na América Latina e no mundo em geral. As relações de parceria estratégica entre os nossos países continuam a se fortalecer", comentou Putin.

"Passamos pelo deserto, como vocês sabem, acho que passamos por vários desertos. E agora estamos de pé, inteiros e vitoriosos, o povo da Venezuela é vitorioso", respondeu Maduro.

Ditaduras planejam assinar novos acordos estratégicos para os próximos 10 anos

As ditaduras de Venezuela e Rússia planejam assinar novos acordos em uma comissão conjunta a ser realizada em novembro com o objetivo de estabelecer uma aliança “estratégica” para a próxima década, anunciou o regime chavista liderado por Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (23).

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De acordo com uma nota oficial, a Comissão Intergovernamental Rússia-Venezuela será realizada em 7 de novembro - sem especificar o local - na qual delegações de ambos os países aliados “selarão laços transcendentais para os próximos dez anos”.

O ditador venezuelano, que está na cidade russa de Kazan, disse que seu país está preparado para “continuar recebendo investimentos” do gigante eurasiático, a fim de fortalecer a aliança com “a grande Rússia”.

“Todas as delegações estão preparadas para avançar nas questões de cooperação bilateral”, disse Maduro, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.

Em setembro, a vice-presidente executiva e ministra do Petróleo da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou que ambos os países promoverão projetos de gás a partir de 2027 e, nesse sentido, afirmou que estão em “processo de estudos” e “explorações” para “aprofundar a cooperação energética”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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