O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que não tem planos para nomear um sucessor para o cargo em 2008.

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- Não haverá sucessor. Haverá candidatos ao cargo presidencial. O objetivo das autoridades é garantir que a eleição seja conduzida democraticamente - disse Putin em sua conferência de imprensa anual, em Moscou.

Putin foi alçado ao cargo de presidente interno em dezembro de 1999, quando o então presidente, Boris Yeltsin, renunciou. Em março do ano seguinte, Putin foi eleito presidente, com o desafio de modernizar a economia da Rússia e aproximar o país da União Européia. Seus críticos o acusam de conduzir a política do país com mão-de-ferro, defender o estabelecimento de um partido único e controlar os meios de comunicação.

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O segundo e último mandato de Putin acaba em março de 2008, e há fortes especulações sobre qual candidato o presidente vai apoiar.

- Reservo-me o direito de manifestar minhas preferências, mas só farei isso durante a campanha eleitoral - comentou.

Participaram da entrevista coletiva 1.232 jornalistas estrangeiros e russos - um número recorde desde a introdução do ritual, em 2001, segundo o gabinete da Presidência.

Putin exaltou a situação da economia russa e previu a continuidade do crescimento. Negou, porém, que o país esteja usando a força econômica para fins políticos.

A Rússia já foi criticada no Ocidente por usar seus recursos energéticos como arma política para recompensar aliados e punir países que desagradarem ao Kremlin.

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rápida e imprevisível transição para o capitalismo depois do colapso da União Soviética provocou enormes disparidades de renda. Putin disse que é preciso combater a corrupção e aumentar a liberdade de imprensa, mas acrescentou que a população russa deve participar mais.

- Queremos que todos os cidadãos, incluindo os das regiões distantes, sintam-se conectados à vida do país - afirmou. - Sabemos que as autoridades são muitas vezes criticadas por limitar a forma como a mídia funciona. Mas as pessoas também criticam os meios de comunicação em massa, dizendo que a cobertura não corresponde às suas expectativas - acrescentou.