O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu nesta sexta-feira (16) que o novo conflito entre Armênia e Azerbaijão, com confrontos na fronteira entre os dois países que deixaram mais de 200 mortos, foram contidos com a ajuda do Kremlin.
“Esse conflito se conseguiu conter, graças, e sobretudo, à influência da Rússia”, disse o chefe de Estado na cidade de Samarqanda, no Uzbequistão, onde ele acompanhou a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS).
Putin garantiu, contudo, que os incidentes registrados nos últimos dias não estavam relacionados com o território de Nagorno-Karabakh, que é reivindicado pelos dois países e onde a Rússia tem mobilizado contingente militar.
O chefe do Kremlin explicou que os confrontos aconteceram na fronteira entre Armênia e Azerbaijão.
Pouco antes de fazer as declarações, Putin se reuniu em Samarqanda com o presidente azeri, Ilham Aliev, que confirmou que o alto de cessar-fogo declarado na última quarta-feira estava sendo cumprido pelas duas partes do conflito.
“O cessar das hostilidades está ocorrendo há cerca de dois dias e isso prova que nem a Armênia, nem o Azerbaijão querem uma escalada de grande magnitude”, disse o chefe de Estado do Azerbaijão.
Putin, segundo informou mais cedo o Kremlin, tinha previsto um encontro com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, supostamente para discutir o conflito entre Armênia e Azerbaijão. No entanto, até o momento, não foram divulgados detalhes da reunião.
Yerevan acusa as forças de Baku de invadir o território armênio e exige a retirada das tropas que entraram na última terça-feira.
As hostilidades iniciadas pelo Azerbaijão obrigaram a evacuação de 7 mil pessoas de áreas próximas à fronteira, segundo denunciaram organizações de defesa de direitos humanos.
Além disso, há informação de, pelo menos, um civil morto e vários feridos por consequência dos ataques realizados pelas tropas de Baku.
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