O primeiro-ministro russo Vladimir Putin compareceu neste sábado à cerimônia que reuniu milhares de pessoas no estádio de hóquei no gelo de Iaroslavl para a última homenagem aos jogadores da equipe local mortos na quarta-feira passada na queda de seu avião.
Cerca de 35.000 pessoas, segundo os organizadores, assistiram à cerimônia na arena coberta do Lokomotiv Iaroslavl, o clube local. Os jogadores, entre eles vários estrangeiros de renome internacional, estavam entre os 43 mortos do acidente.
Um porta-voz do ministério do Interior russo afirmou que 100.000 pessoas no total foram prestar homenagem aos jogadores. Os caixões foram expostos no estádio desde a manhã.
Vladimir Putin também foi prestar homenagem. A morte da equipe provocou uma grande comoção em toda a Rússia.
Vestido de preto, Putin deixou uma coroa de cravos vermelhos diante dos 19 caixões.
Os jogadores do Lokomotiv, três vezes campeão da Rússia, partiram de Iaroslavl, a 300 km ao nordeste de Moscou, para disputar um jogo em Belarus quando o avião, um Yak-42 soviético, explodiu após a decolagem.
Um fluxo contínuo de pessoas desfilou na arena deixando flores ao longo da fileira de capacetes alinhados com as fotos dos jogadores.
A praça em frente ao estádio estava cheia de gente, que se abrigava em baixo de guarda-chuvas e que esperava pacientemente poder entrar na arena.
Atletas de outras equipes russas e milhares de torcedores tomaram as cadeiras reservadas ao público e choraram durante toda a cerimônia que durou várias horas.
A Liga Continental de Hóquei (KHL) preparou uma transmissão ao vivo da cerimônia. Comentaristas leram, com vozes emocionadas, as biografias dos atletas mortos.
Uma celebração religiosa, reservada aos parentes e pessoas próximas de vários jogadores, foi realizada mais cedo na catedral da cidade.
Outros funerais deverão acontecer durante os próximos dias na Rússia e nos países de onde eram originários. Entre os 7 atletas estrangeiros estava o sueco Stefan Liv, campeão olímpico e do mundo em 2006.
Somente duas pessoas, o ala da equipe Alexandre Galimov e um membro da tripulação, sobreviveram à catástrofe e estão hospitalizados em estado extremamente grave.
As causas do acidente ainda não foram determinadas.
O serviço de segurança de transportes, citado pela Interfax, afirmou neste sábado que interditou a utilização de um avião do mesmo tipo e da mesma companhia russa Yar-service, que sairia da Turquia para a Rússia.
Segundo a mesma fonte, o prazo de validade para a utilização do equipamento estava expirado e foi identificado em um dos motores do avião.
Na quinta-feira, o presidente Dimitri Medvedev apresentou um relatório desastroso da aviação civil na Rússia. Esta é a quarta catástrofe aérea em menos de quatro meses.
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