O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversaram sobre o compartilhamento de informações a respeito da crise na Síria quando se encontraram em Nova York na segunda-feira (28), disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça.
Peskov disse que um centro de informações está sendo estabelecido em Bagdá para compartilhamento de dados entre Rússia, Irã, Iraque e Síria. A Rússia também aceitou um mecanismo de tal tipo separado com Israel.
Peskov disse que não possuía informações de quaisquer ataques aéreos russos acontecendo contra alvos na Síria.
Ele também disse que os laços entre Washington e Moscou não estão em seu melhor momento, mas expressou vontade de cooperar com os Estados Unidos para solucionar crises, incluindo a da Síria.
Unida e secular
Os Estados Unidos e a Rússia concordam em “alguns princípios fundamentais” para a Síria, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, nesta terça-feira, acrescentando que planeja se encontrar novamente com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, na quarta-feira.
“Houve um entendimento de que a Síria deve ser um país unificado, unido, que precisa ser secular, de que o Estado Islâmico precisa ser enfrentado, e que precisa haver uma transição administrada”, afirmou Kerry ao canal MSNBC, acrescentando ainda haver diferenças sobre qual seria o desfecho de tal transição.
Falando durante uma entrevista em Nova York em meio à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kerry afirmou que tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, quanto o líder russo, Vladimir Putin, estão “procurando um caminho adiante” para a Síria, que sofre com uma guerra civil há mais de quatro anos e com a ascensão do Estado Islâmico.
Kerry descreveu a reunião de Obama e de Putin na segunda-feira para discutir a crise como “genuinamente construtiva, muito cortês” e com “uma discussão muito franca”.
“Todos entendem que a Síria está em jogo, e o mundo está procurando rapidamente algum tipo de resolução”, afirmou o secretário.
“Estamos procurando uma maneira de tentar chegar ao ponto em que podemos administrar uma transição e a um entendimento sobre o desfecho”, acrescentou.
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