Presidente russo citou a possibilidade de “adotar” a estratégia americana de admitir um ataque nuclear preventivo num conflito| Foto: EFE/EPA/IGOR KOVALENKO
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Em um momento da guerra da Ucrânia em que o país invadido vem recuperando áreas no sul e a Rússia promove ataques à infraestrutura ucraniana (especialmente do setor elétrico), o presidente russo, Vladimir Putin, falou novamente nesta sexta-feira (9) sobre a possibilidade de Moscou abandonar sua doutrina de não usar primeiro armas nucleares num conflito.

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Em coletiva de imprensa em Bishkek, no Quirguistão, para onde viajou para participar da cúpula da União Econômica da Eurásia, Putin citou os Estados Unidos.

“Eles incluíram isso na sua estratégia, está escrito nos documentos deles: [a possibilidade de] um ataque preventivo. Nós, não. Por nosso lado, estabelecemos [apenas] o ataque retaliatório em nossa estratégia”, afirmou o presidente russo.

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“Portanto, se estamos falando sobre um ataque para desarmar [o inimigo], talvez pensemos em adotar as melhores práticas dos nossos parceiros americanos e suas ideias para garantir sua segurança. Estamos apenas pensando nisso”, acrescentou Putin, que citou que tal ataque nuclear preventivo poderia ser direcionado a postos de controle do inimigo.

Na quarta-feira (7), o presidente russo já havia mencionado o assunto, ao apontar que a doutrina de usar armas nucleares apenas de forma retaliatória poderia “limitar drasticamente” uma resposta da Rússia caso sofresse um primeiro ataque com armamentos desse tipo.

“Se a Rússia não utilizar [armas nucleares] primeiro sob nenhuma circunstância, isso significa que nós também não conseguiríamos ser os segundos a usá-las”, justificou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]