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Vladimir Putin fez um apelo para a unidade na Rússia, depois de ser empossado como presidente nesta segunda-feira (7), e se comprometeu a fortalecer a democracia em seu novo mandato, de seis anos.

"Farei todo o possível para justificar a fé de milhões de nossos cidadãos. Considero ser o significado de toda a minha ida e minha obrigação de servir à minha pátria e ao nosso povo", disse Putin, em um breve discurso durante sua posse no Kremlin. "Vamos atingir nossos objetivos, se nós formos um único povo, unido, se guardarmos a nossa querida pátria, o fortalecimento da democracia russa, direitos e liberdades constitucionais".

Putin, que foi presidente da ex-república soviética de 2000 a 2008 e está retornando ao mais alto cargo da Rússia depois de quatro anos como primeiro-ministro, disse que ele e os russos já tinham percorrido um caminho difícil juntos. "Acreditávamos em nós mesmos e em nossos poderes, fortalecemos o país e restauramos a dignidade de nossa grande nação. O mundo viu a Rússia renascer, e este é o resultado dos esforços do nosso povo. Compartilhamos um trabalho intensivo em que todos fizeram sua contribuição pessoal", destacou.

Putin elogiou Dmitry Medvedev, o aliado que entrou para o Kremlin quando ele não pôde disputar um terceiro mandato em 2008 e que está prestes a se tornar primeiro-ministro em uma troca de cargos que provocou a ira de muitos russos que estão cansados dos mesmos líderes. "Hoje nós temos tudo que precisamos para avançar e criar um Estado dinâmico e em desenvolvimento: uma base econômica estável e social, uma sociedade civil ativa e responsável. Eu vejo nisto um grande serviço por parte de Dmitry Medvedev."

Mais de 400 presos em manifestação contra Putin

Uma manifestação de pelo menos 20 mil pessoas em Moscou na véspera da posse de Vladimir Putin como presidente da Rússia se transformou em uma batalha com a polícia no domingo, depois de alguns manifestantes tentaram avançar do local aprovado e marchar até o Kremlin. Policiais detiveram manifestantes e arrastou-os até os veículos da polícia, com alguns sendo puxados pelo cabelo e outros pelo pescoço. Vários pessoas ficaram feridas.

Três líderes do movimento de oposição, que ganhou nova vida durante o inverno, estavam entre os presos: Sergei Udaltsov, Alexei Navalny e Boris Nemtsov. Mais de 400 pessoas foram presas, e o chefe da agência de investigação da Rússia disse que estava considerando apresentar acusações criminais de incitar motins contra alguns deles. A polícia informou que 12 policiais ficaram feridos.

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