O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira (17) que o país vai responder ao que definiu como um “ataque terrorista do regime de Kiev” na ponte da Crimeia, que deixou duas pessoas mortas.
“A Rússia responderá sem falta a este ataque”, declarou Putin durante uma reunião com membros do governo após o ataque à ponte, ocorrido de manhã.
O líder russo acrescentou que o Ministério da Defesa está agora preparando “respostas correspondentes”.
De acordo com Putin, trata-se de um “crime sem sentido” do ponto de vista militar, já que a ponte da Crimeia “não é usada há muito tempo” para o transporte de tropas e equipamentos.
“E é cruel, porque civis inocentes foram afetados e mortos”, acrescentou Putin, referindo-se a um casal de Belgorod que morreu no ataque, que também deixou ferida a filha de 14 anos.
Putin destacou o fato de que os pilares da ponte não foram danificados no ataque, conforme relatado pelo vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, e ordenou que o trabalho de restauração comece o mais rápido possível.
O tráfego de veículos na ponte da Crimeia, que liga a Rússia à península anexada pelo país, foi suspenso na manhã, e o tráfego ferroviário na estrutura paralela foi retomado logo após o ataque.
De acordo com Khusnullin, o fluxo de alguns ônibus na ponte pode ser retomado à noite, mas o de carros não deve ser normalizado nos dois sentidos antes de novembro, para que os reparos sejam concluídos.
O Comitê de Investigação da Rússia (CIR) abriu um processo criminal por atentado terrorista após o ataque à infraestrutura, um crime previsto no artigo 205 do Código Penal Russo, que prevê uma pena de até 20 anos de prisão.
Este foi o segundo ataque à ponte da Crimeia, que foi inaugurada em maio de 2018 e é composta por uma estrutura para veículos automotores e outra para trens.
Em outubro do ano passado, um caminhão carregado de explosivos explodiu na ponte, considerada a mais longa da Europa, com 19 quilômetros, o que causou a morte de cinco pessoas.
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