O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta terça-feira (26), durante reunião com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que a situação na cidade ucraniana de Mariupol, brutalmente sitiada há semanas pelo exército russo, é “trágica”.
“A situação lá é difícil e, talvez, até trágica”, disse Putin durante a reunião no Kremlin.
Putin comentou que em conversa telefônica realizada com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, este afirmou que “ações militares estão ocorrendo” em Mariupol.
“Não há ações militares lá. Elas acabaram”, insistiu, argumentando que quase 1,3 mil soldados ucranianos depuseram as armas e se renderam.
Ele ressaltou que a siderúrgica Azovstal, último bastião da resistência onde cerca de 1 mil civis e um número indeterminado de combatentes estão refugiados, está “completamente isolada”. “Dei ordem para não realizar nenhuma ação de agressão”, afirmou.
Além disso, alegou que o exército russo pediu aos combatentes em Azovstal que se entregassem e que “nada aconteceu” com os soldados de Mariupol que se renderam. “É um crime reter civis como escudos humanos, se houver algum”, disse.
Por sua vez, Putin rechaçou que, como disse Guterres, os corredores humanitários abertos pela Rússia não funcionem.
“Foi mal informado. Eles funcionam. Mais de 100 mil deixaram Mariupol com nossa ajuda. Cerca de 130 mil ou 140 mil saíram. E eles podem ir para onde quiserem”, garantiu.
Nesse sentido, Guterres se mostrou disposto a mobilizar os recursos logísticos e humanos da ONU para aliviar o sofrimento dos civis em Mariupol, localizada na região de Donetsk.
Guterres também pediu para que a Rússia resolva seus problemas com a Ucrânia exclusivamente no âmbito da ONU, chamando a campanha militar russa em andamento na Ucrânia de “invasão”.
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