Ouça este conteúdo
O enviado-chefe de Vladimir Putin para a Ucrânia, Dmitry Kozak, disse ao líder russo no início da guerra que ele havia fechado um acordo provisório com Kiev que garantiria que a Ucrânia ficasse fora da Otan. Mesmo assim, Putin decidiu dar continuidade à guerra que se estende por quase sete meses. A notícia é da agência Reuters, que teria recebido informações de três pessoas próximas à liderança russa.
Putin disse publicamente que a possibilidade da Ucrânia fazer parte da aliança militar ocidental representava uma grande ameaça ao país e esse foi um dos principais pretextos para a invasão do país vizinho.
De acordo com as fontes, apesar de ter apoiado anteriormente as negociações, Putin deixou claro que as concessões negociadas por seu assessor não foram suficientemente longe e que existia um novo objetivo: incluir a anexação de faixas do território ucraniano.
Questionado sobre as descobertas da Reuters, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Isso não tem absolutamente nenhuma relação com a realidade. Isso nunca aconteceu. É uma informação absolutamente incorreta".
Mykhailo Podolyak, assessor do presidente ucraniano, disse que a Rússia usou as negociações como uma cortina de fumaça para se preparar a invasão, mas não respondeu a perguntas sobre o conteúdo das negociações nem confirmou que um acordo preliminar foi alcançado. "Hoje, entendemos claramente que o lado russo nunca se interessou por um acordo pacífico", disse Podolyak.