O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (6) que seu país ajudará a Síria em caso de uma intervenção militar internacional.
"Vamos ajudar à Síria? Sim", afirmou Putin durante a entrevista coletiva realizada ao final da cúpula do G20. Na ocasião, o presidente russo respondia uma pergunta sobre qual seria a postura de seu país diante de uma ação militar na Síria.
"Aliás, já estamos ajudando, principalmente com o fornecimento de armas e com cooperações no terreno econômico", acrescentou Putin.
"Acredito que haverá mais cooperação no âmbito humanitário, incluindo as provisões de ajuda à população civil que está em uma situação muito difícil", apontou o presidente russo.
Além disso, Putin assegurou que os planos dos Estados Unidos de lançar um ataque "limitado" à Síria só contam com o respaldo de apenas cinco países do G20, que, segundo ele, seriam França, Canadá, Turquia, Arábia Saudita e Reino Unido, embora tenha destacado que o Parlamento deste último país, "atendendo à vontade do povo", manifestou sua rejeição à ação militar contra o país árabe.
No entanto, por outro lado, Putin assegurou que os que países que "estiveram categoricamente contra (a guerra) são: Rússia, China, Índia, Indonésia (...), Argentina, Brasil, África do Sul e Itália".
"A chanceler federal da Alemanha (Angela Merkel) também atua com muita cautela. A Alemanha não tem intenção de participar de nenhuma ação militar", declarou o presidente russo.
Putin ressaltou que, até mesmo nos países que apoiam essa ação militar contra o regime de Assad, a opinião pública está majoritariamente contra esse plano.
Além disso, o presidente russo destacou que o papa Francisco também já expressou sua oposição a uma intervenção militar ocidental no país árabe.
"Lembramos que o uso da força contra um Estado soberano só é possível em caso de defesa própria e a Síria, como todos sabem, não ataca os EUA. Em segundo lugar, essa ação depende de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU", assinalou.
Putin advertiu que uma eventual ação militar contra a Síria dificultaria enormemente a solução ao problema nuclear na península coreana.