O ditador russo, Vladimir Putin, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo| Foto: EFE/EPA/ANTON VAGANOV
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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (7) que os Brics estão desenvolvendo um sistema de pagamentos próprio para evitar “pressão política” e efeitos de sanções externas.

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A criação de um sistema de pagamentos “independente” já havia sido noticiada em março pela agência russa Tass e agora o comentário de Putin, em discurso no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, oficializa a informação sobre o desenvolvimento da ferramenta, que utilizaria criptomoedas e tecnologia blockchain para driblar o uso do dólar.

“Estamos observando uma verdadeira corrida entre países para fortalecer sua soberania”, disse Putin, segundo informações do The Moscow Times. “Países que até recentemente atuavam como líderes do desenvolvimento global estão tentando com todas as suas forças, de um jeito ou de outro, manter seu papel ilusório como hegemônicos”, alfinetou.

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“Na linha dos Brics, estamos trabalhando no desenvolvimento de um sistema de pagamentos independente não sujeito a pressão política, abusos e interferência de sanções externas”, afirmou Putin, que acrescentou que o bloco “tem um grande potencial para atrair novos membros”.

A sigla Brics representa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas no início do ano o grupo ganhou novos membros: Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. A entrada da Argentina também foi aprovada no ano passado, mas o novo presidente do país, Javier Milei, recusou entrada no bloco.

A Arábia Saudita teve sua adesão aprovada, mas ainda não entrou formalmente nos Brics.

Devido à invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022, bancos russos foram desligados do sistema internacional de informações sobre transferências bancárias Swift, e também em razão das sanções impostas pelo Ocidente, Putin vem buscando alternativas no comércio exterior.

Além de vender mais petróleo para Brasil, China e Índia, ele passou a exigir que compras de gás russo sejam pagas em rublos.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]