Presidente russo afirmou que Nord Stream 1 e 2 foram alvos de “sabotagem sem precedentes”; Kremlin vai colocar assunto em pauta no Conselho de Segurança da ONU| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou nesta quinta-feira (29) como “ato de terrorismo internacional” os vazamentos detectados nos gasodutos russos Nord Stream nas águas do Mar Báltico.

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Em uma conversa por telefone com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Putin definiu assim “a sabotagem sem precedentes” contra os gasodutos russos, segundo informou o Kremlin em comunicado. “Em essência, é um ato de terrorismo internacional”, declarou.

Além disso, durante a conversa “foi destacado que a Rússia levará este assunto para debate urgente no Conselho de Segurança da ONU”, em uma sessão que será realizada na sexta-feira.

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A Rússia abriu um processo criminal por terrorismo internacional na quarta-feira depois de denunciar que “ações intencionais destinadas a danificar os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2” ocorreram nas proximidades da ilha dinamarquesa de Bornholm.

Como resultado dessas ações, a Federação Russa teria sofrido danos econômicos consideráveis.

As investigações sobre os vazamentos, ocorridos em águas internacionais, serão realizadas pelo departamento de investigação do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB).

A Guarda Costeira sueca detectou nesta quinta-feira um segundo vazamento no Nord Stream 2, somando-se aos três registrados entre domingo e segunda-feira.

A operadora do gasoduto Nord Stream indicou que tudo indica que tenham ocorrido “danos físicos” na infraestrutura energética, e garantiu que começou a mobilizar todos os meios necessários para estudar as causas do incidente.

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O primeiro Nord Stream, com capacidade de bombeamento de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, está paralisado após a Rússia alegar um vazamento de óleo na única estação de compressão russa que ainda estava em operação.

Por sua parte, o Nord Stream 2 nunca entrou em operação devido ao bloqueio da infraestrutura por parte de Berlim, mesmo antes do início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro. No entanto, ambos os gasodutos estão cheios de gás e, portanto, devem manter uma pressão estável.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]