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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia nesta quarta-feira (7) de “provocação em grande escala” ao realizar uma incursão fronteiriça na região de Kursk, no sudoeste russo, onde prosseguem os combates entre tropas de ambos os lados.
“Como é sabido, o regime de Kiev protagonizou uma nova provocação em grande escala. Realiza bombardeios indiscriminados com diferentes tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, edifícios residenciais e ambulâncias”, disse Putin no início de uma reunião de governo transmitida pela televisão.
Putin presidiu depois outra reunião, com os chefes do Ministério da Defesa, do Estado-Maior e do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB), responsável pela proteção das fronteiras.
Além disso, pediu ao governo que se ocupe “imediatamente” de ajudar os cidadãos de Kursk que foram afetados pela incursão inimiga.
Putin abordou esta questão esta manhã com o governador de Kursk, Alexei Mironov, que estimou em vários milhares o número de civis evacuados desde terça-feira. “A situação na região é controlável”, disse Mironov.
O Ministério da Defesa da Rússia reconheceu nesta quarta-feira que continuam pelo segundo dia consecutivo os combates para expulsar as tropas ucranianas que entraram na terça-feira na região fronteiriça de Kursk.
“Durante a noite, destacamentos das Forças Armadas da Federação Russa, juntamente com unidades de guarda de fronteira do Serviço Federal de Segurança (FSB), continuaram a esmagar as tropas do Exército ucraniano nas áreas da região de Kursk que limitam com a fronteira russo-ucraniana”, afirmou o comunicado da pasta de Defesa russa.
Moscou alegou que, graças à coordenação entre suas tropas, a aviação e a artilharia pesada, “o inimigo não conseguiu adentrar profundamente no território da Federação Russa”.
Segundo o conhecido blogueiro militar russo Rybar, as tropas ucranianas teriam se fortificado em três cidades de Kursk, onde teriam entrado cerca de 400 homens. Além disso, outros 2 mil soldados ucranianos estariam estacionados na fronteira.
De acordo com o canal militar ucraniano DeepState, as Forças Armadas ucranianas, que não confirmaram oficialmente a operação, tomaram como prisioneiros um grupo de soldados russos.
A tentativa anterior de incursão das forças ucranianas na região de Kursk havia ocorrido em março, quando, segundo o FSB, mais de cem soldados inimigos foram mortos e seis tanques destruídos.
No passado, essas incursões foram sempre reivindicadas por grupos armados compostos por voluntários russos leais às autoridades de Kiev.
Conteúdo editado por: Fábio Galão