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Guerra no leste europeu

Putin vai assinar anexação de regiões ucranianas nesta sexta; Zelensky pede “reação” mundial

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou para esta sexta-feira uma reunião emergencial do Conselho de Segurança do país (Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO)

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinará nesta sexta-feira (30) os decretos para a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, conforme anunciou nesta quinta-feira o Kremlin.

O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, indicou que a solenidade acontecerá em um salão do palácio de governo do país, às 15h locais (9h de Brasília), e terá um discurso do chefe de Estado.

As autoridades das quatro regiões, que passaram por referendo, desembarcaram na quarta-feira à noite em Moscou, após viajarem em voo comum.

Os líderes políticos de Kherson, Volodymyr Saldo; de Zaporizhzhia, Yevhen Balytskyi; de Donetsk, Denis Pushilin; e de Luhansk, Leonid Pasetchnik, solicitaram formalmente a Putin a incorporação dos territórios pela Rússia.

Segundo os resultados divulgados pelas autoridades pró-russas, com 100% das urnas apuradas, entre 87,05% e 99,23% dos eleitores nos territórios controlados parcialmente pelas tropas de Moscou apoiaram a anexação.

A previsão é que as duas câmaras do Parlamento da Rússia aprovem formalmente os acordos para a integração dos territórios já no início da semana que vem.

Na sexta-feira à tarde (hora local), acontecerá na Praça Vermelha um ato de apoio à anexação dos quatro novos territórios. O Kremlin divulgou que informaria mais tarde sobre a possível participação de Putin na manifestação.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança Nacional do país para esta sexta-feira sobre as anexações. A convocação do Conselho foi anunciada pelo gabinete presidencial, segundo a agência de notícias Ukrinform.

No início do dia, Zelensky disse em conversa telefônica com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, que a comunidade internacional precisava de uma “forte reação” às “ações ilegais” de Moscou. “[Elas] minam os fundamentos do direito internacional”, disse ele, de acordo com um comunicado do gabinete presidencial ucraniano.

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