O primeiro-ministro Vladimir Putin mostrou seu apoio a Ramzan Kadyrov, o controverso líder da Chechênia nesta segunda-feira (24). Ele elogiou o pai de Kadyrov, assassinado em 2004 e o primeiro presidente checheno a contar com o suporte do Kremlin, e colocou flores em seu túmulo.
Kadyrov é acusado de cometer abusos contra os direitos humanos e tem enfrentado a elevação da violência regional, levantando dúvidas sobre a política do governo russo na Chechênia e províncias vizinhas do Norte do Cáucaso.
O Kremlin vê Kadyrov, assim como via seu pai, como peça importante em seus esforços para manter o controle sobre a província, que foi devastada por duas sangrentas guerras separatistas desde 1994.
Putin viajou para Chechênia poucas horas antes de ativistas realizarem, em Moscou, uma manifestação em memória da ativista dos direitos humanos Natalya Estemirova, que foi sequestrada e assassinada no mês passado na Chechênia após anos denunciando os abusos na região.
A emissora estatal de televisão Rossiya mostrou Putin saltando de um helicóptero camuflado num campo checheno, protegido por guardas armados, e unindo-se a Kadyrov para ajudar a carregar uma grande coroa de flores para o túmulo de Akhmad Kadyrov, que teria feito 58 anos no domingo.
Akhmad Kadyrov, um rebelde da primeira guerra separatista, trocou de lado e tornou-se presidente da Chechênia depois de Putin lançar a segunda guerra em 1999 e forças de segurança terem retirado os separatistas do poder. Ele foi morto por uma bomba colocada debaixo das cadeiras de um estádio em 2004.
"Ele não foi apenas uma pessoa valente e corajosa, ele foi uma pessoa de muito talento...Ele não viveu sua vida em vão e não a deu em vão", disse Putin, falando pausadamente. "Ele lançou os fundamentos para a paz na Chechênia", disse Putin. "Nós o lembraremos para sempre". As informações são da Associated Press.