Representantes militares da Coreia do Norte abandonaram abruptamente a reunião com militares sul-coreanos realizada nesta quarta-feira na zona desmilitarizada entre os dois países, informaram autoridades da Coreia do Sul. A causa da reação, ocorrida durante a segunda rodada de conversações, ainda não foi esclarecida.
Havia grandes esperanças de que os dois países firmassem acordos sobre detalhes para a realização de suas primeiras negociações de alto nível sobre Defesa em mais de três anos. No entanto, não foi possível determinar uma data para o próximo encontro, informou um funcionário do Ministério da Defesa, em condição de anonimato.
Na terça-feira, durante as conversações, a Coreia do Sul argumentou que as negociações de alto nível deveriam se concentrar nos dois ataques recentes sofridos pelo país, mas os norte-coreanos exigiram que fossem incluídas outras questões militares, disse o Ministério da Defesa em comunicado.
A Coreia do Sul responsabiliza Pyongyang pelo afundamento de um de seus navios de guerra em março de 2010, quando 46 marinheiros morreram. A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no caso. Em novembro, a Coreia do Norte atacou uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas.
Na reunião realizada ontem a Coreia do Sul exigiu que os chefes da Defesa e os Chefes do Estado-Maior Conjunto participassem das negociações de alto nível, mas os norte-coreanos queriam que as delegações fossem compostas por vice-ministros, informou o Ministério da Defesa.
O único ponto de concordância foi a decisão de reunir as famílias separadas pela guerra de 1950-1953. "Os governos compartilham da posição sobre a urgência e importância dos temas humanitários, que incluem a reunião das famílias separadas", disse porta-voz do Ministério da Unificação, Lee Jong-joo, a jornalistas em Seul. As informações são da Associated Press.
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