Pyongyang - A situação na península Coreana está "tão grave" que uma guerra pode começar "a qualquer momento", disse ontem Ri Jang-gon, embaixador-adjunto norte-coreano perante a Conferência de Desarmamento da ONU, em Genebra.
Ri disse que as tropas norte-coreanas então sob "alerta total" e "preparadas para reagir prontamente a qualquer retaliação, inclusive a guerra".
Seul e Pyongyang estão numa espiral de tensão desde o naufrágio de um barco da Marinha sul-coreana que deixou 46 mortos, em março.
Aliados dos EUA, os sul-coreanos acusam os vizinhos de terem torpedeado seu navio e ameaçam pedir sanções no Conselho de Segurança.
Pyongyang nega e afirma que o ataque foi forjado com o intuito de pressionar o recluso regime comunista, já sob as sanções impostas em decorrência dos testes nucleares que realizou em 2006 e 2009.
O enviado norte-coreano disse ontem, em Genebra, que a investigação sul-coreana do episódio, cujo resultado previsivelmente culpou a rival, está baseada em "suposições".
O embaixador da Coreia do Sul, Im Han-taek, reagiu logo às declarações, acusando a rival de ter "objetivos propagandísticos".