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Pequim – A Coréia do Norte emitiu ontem um comunicado afirmando que está ‘pronta’ para iniciar o seu desarmamento nuclear, começando pelo fechamento de um reator nuclear em Yongbyong. O comunicado não estabelece o prazo em que o fechamento será completado, mas o enviado americano para negociar a questão nuclear coreana, Christopher Hill, estimou que as instalações podem ser desativadas "em três semanas".

Em fevereiro, a Coréia do Norte havia concordado com o fechamento do reator, mas o processo não avançou porque Pyongyang exigia em contrapartida a liberação de cerca de US$ 25 milhões congelados na ilha chinesa de Macau. A Coréia do Norte disse que cumprirá sua parte no acordo nuclear depois que receber o dinheiro.

Os fundos estavam parados há dois anos sob acusações norte-americanas de que seriam produto de contrabando e lavagem de dinheiro. Depois de longas negociações, a Rússia concordou em mediar tecnicamente a transferência do dinheiro para uma conta norte-coreana na capital chinesa, Pequim.

As autoridades russas confirmaram que o dinheiro em questão já está depositado em um banco na cidade russa de Khabarovsk, onde a Coréia do Norte tem uma conta. Como resultado do entendimento, o governo coreano confirmou que poderia concordar com a retomada das negociações nucleares já na primeira quinzena de julho. Os negociadores da crise coreana também prometeram a Pyongyang um milhão de toneladas de petróleo.

As negociações são realizadas a seis por um grupo que envolve as duas Coréias, Estados Unidos, China, Rússia e Japão. No fim de julho, os ministros do Exterior dos seis países poderiam se reunir, de acordo com o correspondente da BBC na Coréia do Sul, Kevin Kim. Mas o correspondente ressaltou que, "apesar do otimismo na região, alguns analistas estão preocupados que o acordo, redigido de maneira vaga, não seja implementado sem que haja negociações mais difíceis adiante".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que um grupo de inspetores nucleares chegará à Coréia do Norte na terça-feira, para discutir o fechamento das instalações de Yongbyon. Será a primeira vez que a AIEA visita o país, de onde foi expulsa em 2002.

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