A Coreia do Norte negou neste sábado novamente estar por trás do ciberataque ao estúdio de Hollywood Sony Pictures e propôs a Washington investigá-lo de maneira conjunta, um dia após o governo americano acusar Pyongyang e prometer dar uma resposta "proporcional".
Um porta-voz anônimo da chancelaria norte-coreana citado pela agência estatal de notícias "KCNA" afirmou que o regime norte-coreano pode comprovar "que não tem nada a ver com o caso", propôs investigar a ação de maneira coordenada e disse que uma recusa à oferta terá "graves consequências".
"Os Estados Unidos deveriam levar em conta que enfrentará graves consequências caso rejeite nossa proposta de investigação conjunta", afirmou a nota divulgada pela "KCNA".
No ciberataque cometido em 24 de novembro, os "hackers", auto-intitulados "Guardians of Peace" ("Guardiães da Paz"), roubaram filmes e dados valiosos da companhia e seus funcionários e derrubaram o site da empresa.
O ataque aconteceu aparentemente como protesto contra o filme "A Entrevista", uma comédia de Seth Rogen e James Franco sobre um complô dos Estados Unidos para assassinar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, obra que o regime de Pyongyang já qualificou de "ato de guerra".
Na terça-feira, os "Guardiães" avisaram em um comunicado que espalhariam o terror nos cinemas que passassem o filme, o que fez com que os principais exibidores dos EUA cancelassem as projeções e a Sony anunciasse o cancelamento do estreia, prevista para 25 de dezembro no país.
Ontem, o FBI assegurou que possui "informação suficiente para concluir que o governo da Coreia do Norte é responsável" pelo ataque. O presidente americano, Barack Obama, acrescentou que seu governo responderá de "forma proporcional" e "no lugar, momento e maneira que escolher".
O porta-voz da chancelaria norte-coreana voltou a condenar hoje o filme e também disse que se Pyongyang decidir "realizar represálias", isto será feito contra "os responsáveis pelos ataques hostis" contra o país e não "com um ato terrorista contra o público inocente".
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