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Paola foi ao Egito para participar de um intercâmbio | Arquivo pessoal
Paola foi ao Egito para participar de um intercâmbio| Foto: Arquivo pessoal

Tudo mudou um pouco na terça-feira à tarde, 25 de janeiro, quando tivemos um feriado aqui no Egito (Dia da Polícia) e os protestos iniciaram. Homens, mulheres, jovens, idosos, pessoas de todas as idades, cores e religiões, foram às ruas protestar contra o então presidente Hosni Mubarak para que ele fosse deposto e o regime ditatorial acabasse.

Já não estava tão seguro sair – principalmente para o centro da cidade e durante a madrugada. Além disso, ficamos um dia inteiro sem qualquer tipo de comunicação e a internet só retornou há poucos dias. Dessa forma, apenas era possível contatar familiares e amigos por telefone o que dificultava a situação, principalmente porque não está fácil conseguir créditos para os cartões telefônicos.

Sexta-feira passada, às 18 horas, ocorreu o primeiro toque de recolher e, no sábado, tudo ficou mais preocupante. Famílias comprando suprimentos e se protegendo em suas casas. A madrugada de domingo foi bastante tensa, mesmo estando longe da região central (cerca de 15 quilômetros), foi possível escutar brigas e até tiros muito perto de onde estamos. Acredito que esse foi um dos momento de maior tensão para mim.

O toque de recolher continua, mas após quase uma semana desde que o primeiro protesto aconteceu, finalmente a cidade parece mostrar os primeiros sinais de recomeço, com bancos e o comércio lentamente reabrindo. Não sabemos as previsões para o país, mas tenho certeza que a população está lutando pelo melhor para o Egito e torço muito pelo sucesso deste país e deste povo que esta passando por uma mudança.

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