Nenhum dos candidatos conseguiu alcançar nesta sexta-feira (19), na quarta votação no Parlamento da Itália, a maioria de dois terços necessária para se eleger presidente do país e suceder Giorgio Napolitano, cujo mandato termina no dia 15 de maio. O pleito terminou sem um vencedor, como estava previsto, devido ao desacordo que reina entre os partidos, sobretudo depois da mudança de estratégia do Partido Democrata (PD), que nesta sexta designou seu novo candidato, o ex-primeiro-ministro Romano Prodi, para o lugar do ex-sindicalista Franco Marini.
A decisão do PD de optar por Prodi foi adotada após fracassos nas últimas rodadas e a fim de reconstruir a união dentro do partido, que tinha rachado com a designação de Marini como candidato de forma pactuada com o "grande rival", o conservador Povo da Liberdade (PdL), de Silvio Berlusconi.
São 1.007 eleitores que têm direito a participar da votação, que ocorre em sigilo. Prodi recebeu menos de 400 votos -ele precisa alcançar a maioria simples, de 504, para vencer.Antevendo a impossibilidade de obtenção da maioria de dois terços (672 votos), muitos optaram por votar em branco, com as atenções voltadas já para a quinta votação.
A próxima rodada de votações acontece nesta sábado (20).