Quase 2 milhões de crianças tiveram que deixar a Ucrânia desde o início da invasão da Rússia, em 24 de fevereiro, enquanto 3,3 milhões foram obrigadas a se deslocar internamente no país, segundo indicou nesta terça-feira (22) a Unicef Itália.
"O número de crianças que fogem da Ucrânia aumenta a cada hora, e se aproxima, inevitavelmente, dos dois milhões", disse, através de comunicado, Andrea Iacomini, porta-voz do braço italiano da agência das Nações Unidas para a infância.
"Nestas horas cada vez mais dramáticas, nossos escritórios nos dizem que há 3,3 milhões de crianças deslocadas internamente", completou o representante da Unicef Itália.
"Elas necessitam de tudo, estão profundamente traumatizadas e carregam cicatrizes indeléveis deste conflito e do ataque contra muitas cidades", completou Iacomini.
O porta-voz alertou que as crianças, a cada dia que passa, estão mais expostas aos riscos do tráfico e da exploração, da fome extrema e das doenças.
Por isso, o representante da Unicef Itália cobrou a intensificação dos esforços de ajuda e proteção, para que a situação não se agrave ainda mais, ou as crianças "pagarão um preço altíssimo por uma guerra que não queriam".
Segundo divulgou ontem o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), 3,48 milhões de pessoas, a maioria mulheres, crianças e idosos, fugiram da Ucrânia para outros países desde o início da guerra.
A agência das Nações Unidas estima que 10 milhões de pessoas, o que representa quase um quarto da população local, precisou deixar suas casas e se deslocar dentro do território ucraniano.
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