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Êxodo

Quase 5.000 venezuelanos foram mortos na América Latina após onda migratória

Comunidade de venezuelanos na Colômbia
Mulher e menina caminham na comunidade "7 de maio" em Malagana, Colômbia, em 21 de outubro de 2021. Muitos imigrantes venezuelanos vivem em condições precárias na comunidade. (Foto: EFE / Ricardo Maldonado Rozo)

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A comissão especial da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela que investiga crimes contra migrantes assegurou nesta terça-feira que 4.918 venezuelanos foram assassinados em vários países da América Latina durante a onda migratória que afetou o país na última década, mas não esclareceu o período exato em que esses casos foram reportados.

"Podemos dizer que até a data temos 4.918 homens e mulheres venezuelanos que, infelizmente, foram assassinados em território colombiano, peruano, equatoriano e outros territórios regionais", disse o presidente desta comissão legislativa, Julio Chávez, em declarações ao canal estatal "Venezolana de Televisión" (VTV).

Chavéz assegurou que os detalhes de cada assassinato estão registrados com os nomes das vítimas e o local onde os incidentes ocorreram, "o que permite a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI)", de acordo com um comunicado de imprensa da AN.

Além disso, declarou que a comissão trabalha em um projeto de lei para "reintegrar os migrantes que desejam retornar em massa" ao país.

"Estamos a estudando políticas para receber e reintegrar estes migrantes, 70% dos que registramos na Argentina estão dispostos a retornar à Venezuela, e o mesmo acontece com os migrantes de outros países. Estamos adaptando os regulamentos legais venezuelanos para reintegrá-los", afirmou.

Esta comissão especial, segundo a AN, foi criada em novembro do ano passado e é responsável pela investigação de crimes contra migrantes venezuelanos.

Segundo a última atualização da Plataforma Regional de Coordenação Interagências para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), em 12 de julho, aproximadamente 6.150.000 pessoas deixaram o país, das quais 5.090.000 vivem na América Latina e no Caribe.

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