Pelo menos 66 jornalistas foram mortos no mundo todo em 2011, muitos deles ao cobrirem as revoluções árabes, a criminalidade no México e os distúrbios políticos no Paquistão, disse a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) nesta quinta-feira (22). Pelo segundo ano consecutivo, o Paquistão foi o país mais perigoso para o exercício do jornalismo, com dez profissionais mortos. No Oriente Médio, o número de jornalistas mortos dobrou neste ano, chegando a 20, e a América Latina teve um número semelhante de mortos, segundo a RSF, que tem sede em Paris. Cerca de 1.044 jornalistas foram presos neste ano - quase o dobro do número de 2010. A quantidade se deve principalmente à Primavera Árabe, mas também a protestos nas ruas de países como Grécia, Belarus, Uganda, Chile e Estados Unidos. "Da praça Tahrir, no Cairo, a Khuzdar, no sudoeste do Paquistão, de Mogadíscio às cidades das Filipinas, o risco de trabalhar como jornalista em épocas de instabilidade política foi salientado mais do que nunca em 2011", disse a RSF. China, Irã e Eritréia continuam sendo os países com mais jornalistas presos, disse a ONG, sem citar números nesse quesito. No ano passado, 57 jornalistas foram mortos no exercício da profissão. Na última década, o pior ano para a imprensa foi 2007, quando a guerra do Iraque contribuiu para um total mundial de 87 mortes.
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