Quase mil pessoas que fugiram dos tumultos na Tunísia chegaram a uma ilha italiana na madrugada de domingo (13), pouco depois de o governo declarar que a onda de imigrantes ilegais havia se tornado uma emergência humanitária.
Autoridades locais pediram mais apoio no domingo para ajudar lidar com a crescente onda de imigrantes que desembarcam em Lampedusa, uma ilha na Sicília que fica mais perto da África do que da Itália continental, depois que milhares chegaram na semana passada.
A situação assustou o governo do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, que declarou um estado de emergência humanitária após uma reunião no sábado (12).
O governo da Itália deu às autoridades poderes extraordinários para deixar de lado a burocracia comum para controlar o fluxo de imigrantes, bloqueando até a entrada de barcos na costa.
No domingo, o ministro de Relações Exteriores, Franco Frattini, repetiu seus apelos à União Europeia por ajuda depois que um navio afundou próximo à costa da Tunísia no sábado. Ao menos um imigrante foi dado como morto.
"Temos que mobilizar os países ao redor do Mediterrâneo que têm barcos, aviões e helicópteros", disse Frattini em entrevista ao jornal Corriere Della Sera.
Autoridades já transferiram os imigrantes a um campo de futebol em Lampedusa, enquanto centenas dormem a céu aberto no porto, com cobertores de emergência. Hotéis locais e igrejas também disponibilizaram seus estabelecimentos.
A Itália pediu uma reunião urgente com a UE para elaborar uma resposta eficiente, e quer barcos de patrulha posicionados perto da costa da Tunísia para interceptar as embarcações.
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