Quatro membros da Corte Penal Internacional (CPI) estão detidos desde quinta-feira na Líbia, aonde foram para se reunir com Saif al Islam, filho do falecido líder líbio Muamar Kadafi, preso em Zenten, a sudoeste de Trípoli, anunciou a CPI neste sábado.

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"Quatro membros do pessoal da CPI estão detidos na Líbia desde 7 de junho", informou a corte em um comunicado emitido em Haia.

O representante líbio na CPI, Ahmed al Jehani, havia anunciado mais cedo neste sábado, em Trípoli, que uma advogada de Saif al Islam, a australiana Melinda Taylor, tinha sido detida por ter tentado entregar a ele documentos "que representam um perigo para a segurança da Líbia".

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A Líbia e a CPI disputam o julgamento de Saif al Islam, de 39 anos, sobre quem pesa uma ordem de prisão da Corte por crimes contra a humanidade, cometidos a partir de 15 de fevereiro de 2011, durante a repressão da revolta popular que se transformou em guerra civil e terminou com a queda do regime de Muamar Kadafi, em outubro.

O presidente da CPI, juiz Sang-Hyun Song, exigiu "a libertação imediata de todos os membros detidos". "Estamos muito preocupados com a segurança do nosso pessoal, com a falta de qualquer contato com eles", declarou o magistrado, citado no comunicado.

A delegação da CPI, que além da advogada australiana é composta por membros da Corte, viajou à Líbia na quarta-feira para se encontrar com Saif al Islam Kadafi, "em parte para que o escritório da defesa, atualmente designado para representar Kadhafi, lhe faça uma visita privilegiada", acrescentou a CPI.

Os membros da Corte deviam evocar com o suspeito a opção de nomear um advogado de sua escolha, segundo a mesma fonte. Saif al Islam é atualmente representado pelo chefe do escritório de defesa, Xavier-Jean Keita, designado pela Corte, e assistido por Taylor.

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