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idas e vindas

Quatro vezes em que Donald Trump voltou atrás

Donald Trump discursa em cerimônia de formatura de militares | NICHOLAS KAMM/AFP
Donald Trump discursa em cerimônia de formatura de militares (Foto: NICHOLAS KAMM/AFP)

O presidente norte-americano Donald Trump voltou, nesta sexta, a admitir a possibilidade de se encontrar em 12 de junho, em Cingapura, com o ditador norte-americano Kim Jong-un para discutir a desnuclearização da Península Coreana. A volta atrás acontece um dia depois de Trump encaminhar uma carta a Jong-un, cancelando o encontro. 

Segundo o americano, Kim teria mostrado "tremenda raiva e aberta hostilidade" em seu comunicado mais recente, o que fez ele avaliar ser apropriado desistir do evento neste momento. 

Esta não é a primeira vez que o líder da maior potencia mundial admite voltar atrás em uma decisão tomada anteriormente ou em uma afirmação declarada em um discurso. Veja outros casos:

Política em relação à Síria

Um das muitas idas e vindas de Donald Trump aconteceu em relação à sua política em relação à Síria. Em abril de 2017, após um ataque com armas químicas feito pelo regime de Bashar al-Assad e que matou 80 civis, o presidente ordenou um ataque contra bases militares sírias. Funcionários do alto escalão do governo sírio chegaram a defender publicamente a queda de Assad. Três meses depois, porém, o dirigente americano tirou todo o apoio aos rebeldes sírios, que lutam contra Assad. 

Retirada de acordos comerciais

Trump também retirou os Estados Unidos de alguns acordos internacionais, como o Tratado de Associação Transpacífica e o Acordo do Clima de Paris. Mas já pensou em voltar atrás nos dois casos. No primeiro, para conter a crescente influência política e econômica da China. No segundo caso, depende da adoção de cláusulas econômicas que sejam consideradas justas pelos Estados Unidos e que não protejam a China e a Índia. 

 Guerra comercial com a China

O presidente americano ameaçou entrar em uma guerra comercial com a China, neste ano, para cumprir uma de suas promessas de campanha: o combate às importações originárias do país asiático. O estopim foi dado quando os Estados Unidos impuseram tarifas de 25% sobre a importação de aço e 10% sobre a de alumínio, em abril. A China fez o mesmo: sobretaxou o alumínio, carne de porco, nozes, vinhos e frutas. Mas, em maio, os dois países iniciaram conversações para evitar a guerra comercial. As consequências de uma escalada no conflito, aponta a Organização Mundial do Comércio, poderiam levar a uma recessão global.

Confrontos de Charlotesville

Em agosto de 2017, supremacistas brancos e grupos antirracismo entraram em confronto, em Charlotesville (EUA), o que resultou em três mortes e dezenas de feridos. Trump, em um primeiro momento, hesitou em condenar os supremacistas; depois, chamou-os de repugnantes e, em seguida, ressaltou que havia culpa dos dois lados.

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