Um Boeing 727 da companhia aérea Hewa Bora caiu no Aeroporto Internacional de Kisangani, na República Democrática do Congo, com 178 pessoas a bordo. O Ministério dos Transportes do país africano anunciou que 127 passageiros morreram no acidente.
A queda ocorreu ontem. A cidade de Kisangani é um importante centro comercial e porto fluvial no leste do país. O Congo, um dos maiores países da África, tem um dos piores índices mundiais em termos de segurança aérea. "O piloto tentou pousar, mas aparentemente não tocou a pista", disse Stavros Papaioannou, executivo-chefe da companhia aérea.
Aeronaves da Hewa Bora, que significa "ar fresco" em swahili, têm um longo histórico de acidentes. Como outras companhias aéreas registradas no Congo, a empresa está proibida de voar na União Europeia por questões de segurança. É o segundo acidente fatal envolvendo a empresa em três anos em 2008, um DC-9 da companhia caiu na periferia da cidade de Goma 44 pessoas morreram.
Após o acidente, um porta-voz do governo disse que as equipes de resgate haviam retirado 40 sobreviventes do Boeing 727, número que depois foi ampliado.
Jean-Paul Bongisa, repórter da tevê estatal congolesa presente no local da queda, disse que o resgate é complicado pela dificuldade de acesso aos destroços, que estão a cerca de 200 metros da pista, em meio a uma mata fechada.
Devido à escassez de estradas e ferrovias, os transportes aéreos e fluviais são frequentemente a única opção de deslocamento em longa distância no Congo, um país praticamente do tamanho da Europa Ocidental.
Em abril, 32 pessoas morreram na queda de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU), operado pela empresa georgiana Airzena, que tentava pousar no aeroporto que serve Kinshasa, a capital.
O site da Hewa Bora informa que a empresa possui dois aviões Boeing 727, ambos de passageiros, com 137 lugares na classe econômica e 12 na executiva. Eles só fazem voos internos no Congo.