Após a renúncia de Boris Johnson, políticos conservadores, como a procuradora-geral Suella Braverman e o deputado Steve Baker, já se apresentaram publicamente como candidatos. Outros importantes nomes do governo também aparecem há meses como possíveis nomes para substituir Johnson.
Um dos 716 integrantes do Partido Conservador, o ministro da Defesa, Ben Wallace, recebeu 13% da preferência em enquete realizada pela empresa YouGov. Em segundo lugar, aparece a ex-secretária de Estado das Forças Armadas, Penny Mordaunt, uma das maiores defensoras do Brexit, com 12% da escolha dos entrevistados.
O ex-ministro da Economia, Rishi Sunak, apareceu em terceiro lugar, com 10%. Em seguida, o quarto nome mais citado foi a da ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, com 8%. Outros seis nomes estão entre os favoritos para substituir Johnson.
LIZ TRUSS - A atual ministra das Relações Exteriores interrompeu uma viagem à Indonésia e está de volta ao Reino Unido, onde deverá se apresentar como candidata da bancada conservadora.
RISHI SUNAK - O ex-ministro da Economia, que renunciou na terça-feira (050) alegando "diferenças fundamentais" com Johnson na abordagem da estratégia econômica para o país, é outro nome forte para o cargo. Embora seu plano de evitar demissões durante os confinamentos lhe rendesse grande respeito no gabinete, um escândalo sobre a gestão financeira de sua esposa prejudicou sua reputação e fez com que ele perdesse popularidade.
NADHIM ZAHAWI - Chegando ao Reino Unido como refugiado iraquiano, o homem que liderou o bem-sucedido programa de vacinação contra a Covid-19 não renunciou ao seu recente cargo de chefe da pasta da Economia, substituindo o resignado Sunak, mas pediu a Johnson que renunciasse, depois que pessoas próximas o avisaram que sua proximidade com o premiê poderia estragar suas possíveis aspirações de sucedê-lo. Nas últimas horas, meios de comunicação influentes como o Telegraph promoveram a candidatura da Zahawi.
JEREMY HUNT - O atual presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e ex-ministro das Relações Exteriores vem alertando há algum tempo que os conservadores estão em vias de perder as próximas eleições gerais se não optarem por uma mudança na liderança. Seu nome foi também fortemente considerado entre os representantes da "ala moderada" e da oposição a Johnson dentro do Partido Conservador.
SUELLA BRAVERMAN - A procuradora-geral do Estado pediu a renúncia de Johnson na noite de quarta-feira (06) e apresentou, ao vivo pela televisão, sua própria candidatura para substitui-lo.
STEVE BAKER - Deputado e vice-presidente do Grupo de Recuperação da Covid-19, o proeminente crítico de Johnson também se apresentou como opção de mudança nas declarações que fez a meios de comunicação britânicos.
SAJID JAVID - Ele renunciou ao cargo de ministro da Saúde na última terça-feira e fez um discurso duro contra Johnson perante o Parlamento. Ele já aspirava a liderar os conservadores em 2019, embora tenha ficado em quarto lugar.
PENNY MORDAUNT - Uma das grandes defensoras do Brexit, a ex-secretária de Estado das Forças Armadas é outra que há muito tempo aparece como uma possível candidata. Ela foi implacável com Johnson durante o escândalo da pandemia no gabinete do governo, popularmente conhecido como Partygate.
TOM TUGENDHAT - O deputado e ex-soldado crítico da gestão da crise do Afeganistão foi em janeiro o primeiro membro do Partido Conservador a manifestar sua intenção de concorrer às primárias se Boris Johnson perdesse uma moção de confiança interna.
BEN WALLACE - Considerado parte do grupo de colegas mais leais a Boris Johnson, o ministro da Defesa se manteve fiel ao chefe de governo até o último minuto. Ele é o favorito entre os eleitores do Partido Conservador para substituir Boris Johnson na liderança da legenda, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (07).