Área do shopping foi isolada pelo exército queniano| Foto: Thomas Mukoya / Reuters

Milícia radical diz que matou mais de 100 pessoas no local

A milícia radical islâmica somali Al Shabab assumiu neste sábado a autoria do ataque armado contra um centro comercial em Nairóbi e garantiu que matou "mais de cem" pessoas na ação em represália à presença de militares do Quênia na missão da ONU na Somália.

"Al Shabab confirma que está por trás do espetáculo de Westgate", afirmou o grupo em sua conta no Twitter.

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24 horas depois de ataque, forças israelenses entram no shopping

Passadas pouco mais de 24 horas da invasão do shopping Westgate, em Nairóbi, forças especiais de segurança israelenses entraram no shopping para resgatar reféns e feridos.

Os invasores são ligados ao grupo somali Al Shabab, aliado da Al Qaeda, que assumiu o atentado em sua conta do Twitter, antes que ela fosse desativada. Lá, os terroristas eram chamados de "mujahedins" (guerrilheiros jihadistas). Segundo o grupo, o ataque é uma represália a ações militares quenianas na Somália.

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Subiu para 68 o número de mortos no atentado ao shopping Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia, informou neste domingo, 22, a Cruz Vermelha do país. Há ao menos 175 pessoas feridas, muitas delas em estado grave. Entre 10 e 15 militantes do grupo radical somali Al-Shabab mantém um número desconhecido de reféns no local. A polícia e o Exército cercam o local e há trocas de tiro esporádicas com os terroristas.

Um série de tiros no começo da tarde, que durou cerca de 30 segundos, interrompeu uma calma de várias horas, disse uma testemunha da Reuters, falando de perto do shopping center que tem várias lojas de proprietários israelenses e frequentado por expatriados e quenianos.

Estrangeiros, incluindo dois diplomatas - um do Canadá e outro de Gana - foram mortos no ataque de sábado no shopping Westgate, reivindicado pelo grupo islâmico somali al Shabaab.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse que um sobrinho seu está entre as vítimas. A namorada do sobrinho também morreu. Ao todo, quase um a cada quatro mortos já confirmados no ataque são estrangeiros. Entre as vítimas constam cidadãos franceses, chineses e espanhóis, além do poeta ganense Kofi Awonoor. Entre os feridos, há ao menos quatro norte -americanos. Não há relatos de que haja brasileiros entre os mortos.

Pouco depois dos tiros, soldados camuflados rastejaram sob o terraço de um restaurante na frente do prédio que estava cheio de clientes quando o ataque começou.

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Por horas após o ataque, os mortos ficaram pelas mesas ainda com refeições sobre elas. Em uma lanchonete, um homem e uma mulher ficaram abraçados depois de terem sido mortos, antes de seus corpos serem removidos. A música ainda estava tocando.

Vários quenianos se reuniram no local, aguardando o que esperam ser um final violento. "Eles entraram com sangue, é assim que vão sair", disse Jonathan Maungo, um segurança particular.

O presidente Uhuru Kenyatta, enfrentando seu maior desafio de segurança desde a eleição em março, afirmou que alguns membros próximos de sua família estão entre os mortos, e prometeu derrotar os militantes.

"Superamos ataques terroristas antes", disse ele.

O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.

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O ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, disse a repórteres que o número de mortos subiu para 59, e que as forças de segurança estão fazendo tudo que podem para resgatar os reféns que ainda estão dentro do shopping center.

Cameron condena ataque no Quênia e confirma morte de britânicos

Folhapress

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, condenou o ataque terrorista no Quênia ao confirmar a morte de três cidadãos britânicos.

"É um ataque de brutalidade terrível, repugnante e desprezível. O que sabemos é que três britânicos foram mortos", disse.

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Segundo ele, há chances de aumentar o número de britânicos vítimas da tragédia. "Devemos nos preparar para más notícias", afirmou. O premiê disse que ofereceu toda assistência do seu governo para o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, incluindo ajuda na área de inteligência.

"Nossos pensamentos também devem estar com o governo e o povo do Quênia", ressaltou.

"Esses terríveis ataques terroristas, onde os responsáveis alegam que fazem isso em nome da religião, não o fazem. Fazem isso em nome do terror, da violência, do extremismo e da deturpada visão do mundo. Eles não representam o islamismo ou os muçulmanos na Grã-Bretanha ou em qualquer lugar do mundo", acrescentou Cameron.