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Crime de ódio

“Quero todos os brancos mortos”, disse homem ao esfaquear duas jovens na manhã de Natal em Nova York

Estação Grand Central, NY
Estação metroviária e ferroviária Grand Central, em Nova York, menos movimentada no começo da pandemia, em 2020. (Foto: EFE/Carles Escolà)

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Duas turistas adolescentes paraguaias, de 14 e 16 anos, foram esfaqueadas na estação Grand Central de Nova York, na ilha de Manhattan, na manhã de Natal (segunda-feira, 25).

Uma refeição da família das jovens em um restaurante na praça de alimentação foi interrompida às 11 horas e 25 minutos por "Steven Hutcherson" (nome verdadeiro Esteban Esono-Asue, 36 anos), que, aos gritos de "quero todas as pessoas brancas mortas", cravou uma faca nas costas da jovem de 16 anos. Quando a família tentou fugir, ele também esfaqueou a mais nova na perna.

Funcionários do restaurante, Tartinery, descreveram os eventos em um boletim de ocorrência ao qual o New York Times teve acesso.

A família do Paraguai já estava no local quando ele chegou. Quando um funcionário pediu que Esono-Asue se retirasse, ele disse que iria "sair, [pois] não quero que o homem branco te pegue" (ele é negro). Depois, o homem pediu a outro funcionário que o sentasse a uma mesa, pois queria fazer um pedido. O funcionário aceitou e lhe serviu com um copo d'água.

Esono-Asue comentou que "não quero me sentar com as pessoas negras, quero me sentar com os branquelos" (a palavra original é "crackers", termo pejorativo para pessoas brancas nos EUA). Mas não ficou muito tempo sentado, logo se levantando e atacando a família com uma faca que ele trouxe no bolso.

As adolescentes foram levadas ao Hospital Bellevue, que informou que elas não correm risco de vida. A mais velha, contudo, teve um pulmão perfurado, que colapsou.

O agressor foi detido no bairro do Bronx e responderá por tentativa de assassinato, lesão corporal, crime de ódio, posse ilegal de arma e por colocar crianças em risco. Ele teria problemas mentais e já teve 17 passagens pela polícia.

A Autoridade Metropolitana de Transporte, que administra a estação metroviária e ferroviária Grand Central, declarou que esse tipo de ocorrência é rara em Nova York.

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