O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lembrou neste domingo (28) o assassinato do ex-chefe de governo Yitzhak Rabin, em 1995, e disse que ele já havia "identificado a ameaça iraniana".
"Inclusive quando Yitzhak Rabin era primeiro-ministro, o Irã começou a representar uma ameaça para Israel, para a região e para o mundo inteiro", declarou Netanyahu durante cerimônia oficial no Monte Herzl, onde estão os restos mortais do político.
"Yitzhak Rabin identificou esta ameaça. Desde então, o Irã avançou sistematicamente em seu programa de armas nucleares. Estabeleceu bases terroristas no Líbano e em Gaza", disse.
"Frente a esta realidade mutante, precisamos lembrar outro princípio que Yitzhak Rabin havia compreendido: as garantias da paz com nossos vizinhos são, em primeiro lugar, a nossa força e a nossa capacidade para nos defendermos".
O partido de Netanyahu, o Likud, era adversário político do partido trabalhista de Rabin. Envolvido no processo de paz com palestinos, Rabin foi assassinado com três tiros pelas costas em 4 de novembro de 1995. Os tiros foram disparados por um simpatizante da direita radical depois de um ato pacifista em Tel Aviv, capital de Israel.
Neste domingo, no início da reunião semanal do governo, foi respeitado um minuto de silêncio em memória à tragédia. Netanyahu denunciou o assassinato e classificou-o como "um dos maiores crimes da História contemporânea". O Knesset -Parlamento israelense- dedicou uma sessão especial a Rabin.