A radiação eletromagnética proveniente dos aparelhos de telefonia móvel pode prejudicar a tomada de decisões rápidas, afirma um estudo desenvolvido por pesquisadores australianos e que será publicado na próxima edição da revista "Neuropsychologia". Segundo os cientistas do Instituto de Ciências Cerebrais da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, o uso prolongado do celular deixaria as reações - simples ou complexas - mais lentas.
De acordo com o professor Con Stough, 30 minutos diários de bate-papo no celular já seriam suficientes para tornar mais difícil a resposta a perguntas com mais de uma alternativa possível.
- Se você está dirigindo um carro e uma pessoa passa correndo na sua frente, você precisa decidir se freia, se vira para a direita, se vira para a esquerda ou se toca a buzina para evitar a colisão - explica o pesquisador.
O estudo contou com 120 voluntários que tiveram a memória e o tempo de reação testados através de uma série de testes neuropsicológicos, após uma exposição máxima de 30 minutos a radiação, equivalente a uma ligação de longa duração.
Os efeitos da radiação no cérebro, no entanto, não seriam exclusivamente negativos. Segundo os pesquisadores, o uso prolongado do celular poderia favorecer a memória. Stough é cauteloso com a afirmação e salienta que pesquisas adicionais são necessárias, inclusive para explicar de que forma isso acontece.
- É necessário realizar ressonâncias magnéticas funcionais para confirmar as mudanças neuropsicológicas associadas com as emissões provenientes dos telefones celulares - afirmou Stough.
Até hoje não existe consenso sobre os riscos dos celulares para a saúde. Muitas pesquisas relacionando a radiação dos aparelhos e o desenvolvimento de câncer estão em andamento, mas a Organização Mundial de Saúde afirma que ainda não há argumentos suficientes para sustentar o argumento e emitir um alerta.
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