Os militantes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), grupo dissidente da al-Qaeda, tomaram dois pontos de fronteira, um chamado Turaibil na fronteira com a Jordânia e outro com a Síria, chamado al-Walid, informaram militares do Iraque.
Os militantes já tomaram também, desde a última sexta-feira, as cidades de Qaim, Rawah, Anah e Rutba, localizadas na província de Anbar, onde, desde janeiro, controlam a cidade de Fallujah e parte da capital da província Ramadi.
Só nas cidades de Rawah e Anah, os insurgentes mataram 21 líderes locais em dois dias de violência, segundo fontes oficiais e médicas. Vários foram mortos no sábado, quando os radicais tomaram as cidades, e os outros foram executados ontem. Os jihadistas já controlam boa parte do centro e do norte do Iraque. Com a escalada da violência, forças iraquianas fizeram uma retirada "tática" das duas cidades e de Al Waim, segundo um porta-voz dos serviços de segurança "para se reorganizar", disse o general Qasem Atta.
Eletricidade
A tomada das cidades de Rawah, às margens do Rio Eufrates, e da vizinha Anah, parece ser uma tentativa dos extremistas de controle da barragem na cidade de Haditha, o que prejudicaria a rede elétrica do país.
A de Rutba é usada para acesso de mercadorias.
Obama receia que terrorismo se espalhe
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as ameaças de militantes inspirados na Al-Qaeda no território do Iraque podem crescer e se espalhar para outros países da região. Obama falou que a milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) representa uma ameaça no médio e longo prazo, e que os Estados Unidos devem estar vigilantes.
Ontem, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu que os iraquianos se unam para enfrentar o terrorismo após os últimos avanços do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL). Ele falou que é preciso um "governo iraquiano unido que represente todas as etnias do povo iraquiano para combater o EIIL". "O Iraque terá todo nosso apoio e do de todo o mundo para enfrentar o terrorismo", disse o chefe da diplomacia americana. Kerry afirmou que os EUA não vão se envolver na política do Iraque.