Forças de segurança iraquianas lançam explosivos durante confronto com radicais islâmicos que desestabilizam o país| Foto: Stringer/Reuters

2 milmembros do Exército iraquiano foram enviados para a região de Haditha, onde fica uma barragem importante para o fornecimento elétrico do país, segundo oficiais do Iraque, que falaram em condição de anonimato. Os militares se retiraram de três cidades na região de fronteira onde os jihadistas avançaram.

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21líderes locais foram mortos em dois dias de violência nas cidades de Rawah e Anah, segundo fontes oficiais e médicas. O grupo já reivindicou a responsabilidade pela morte de 1700 membros do Exército iraquiano. Como estratégia de intimidação, eles divulgam fotos das vítimas após torturá-las e matá-las.

Irã

Aiatolá Khamenei faz pronunciamento contra ajuda externa a iraquianos

Agência Estado

O líder máximo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse ontem ser contra uma intervenção dos Estados Unidos no vizinho Iraque, onde extremistas islâmicos e militantes sunitas que se opõem ao governo em Teerã tomaram o controle de uma série de vilarejos e cidades.

"Nós nos opomos fortemente à intervenção dos EUA e de outros nos assuntos internos do Iraque", disse Khamenei, na primeira reação à crise no país vizinho. "A principal disputa no Iraque é entre aqueles que querem que o Iraque se junte ao lado dos EUA e aqueles que buscam um Iraque independente", afirmou o líder, que tem a palavra final sobre as políticas do governo iraniano. "Khamenei disse que o governo do Iraque, seu povo e seus clérigos seriam capazes de acabar com a crise.

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Mulheres iraquianas fazem manifestação em apoio ao Exército do país
Voluntários pró-governo

Os militantes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), grupo dissidente da al-Qaeda, tomaram dois pontos de fronteira, um chamado Turaibil na fronteira com a Jordânia e outro com a Síria, chamado al-Walid, informaram militares do Iraque.

Os militantes já tomaram também, desde a última sexta-feira, as cidades de Qaim, Rawah, Anah e Rutba, localizadas na província de Anbar, onde, desde janeiro, controlam a cidade de Fallujah e parte da capital da província Ramadi.

Só nas cidades de Rawah e Anah, os insurgentes mataram 21 líderes locais em dois dias de violência, segundo fontes oficiais e médicas. Vários foram mortos no sábado, quando os radicais tomaram as cidades, e os outros foram executados ontem. Os jihadistas já controlam boa parte do centro e do norte do Iraque. Com a escalada da violência, forças iraquianas fizeram uma retirada "tática" das duas cidades e de Al Waim, segundo um porta-voz dos serviços de segurança "para se reorganizar", disse o general Qasem Atta.

Eletricidade

A tomada das cidades de Rawah, às margens do Rio Eufrates, e da vizinha Anah, parece ser uma tentativa dos extremistas de controle da barragem na cidade de Haditha, o que prejudicaria a rede elétrica do país.

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A de Rutba é usada para acesso de mercadorias.

Obama receia que terrorismo se espalhe

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que as ameaças de militantes inspirados na Al-Qaeda no território do Iraque podem crescer e se espalhar para outros países da região. Obama falou que a milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) representa uma ameaça no médio e longo prazo, e que os Estados Unidos devem estar vigilantes.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu que os iraquianos se unam para enfrentar o terrorismo após os últimos avanços do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL). Ele falou que é preciso um "governo iraquiano unido que represente todas as etnias do povo iraquiano para combater o EIIL". "O Iraque terá todo nosso apoio e do de todo o mundo para enfrentar o terrorismo", disse o chefe da diplomacia americana. Kerry afirmou que os EUA não vão se envolver na política do Iraque.