Os pulmões de vítimas da gripe aviária ficam tomados por infecções, pus e catarro, e a gravidade dos sintomas pode indicar se o paciente vai ou não sobreviver, disseram pesquisadores nesta sexta-feira.
Baseado em radiografias de internados com a doença no Hospital Municipal de Ho Chi Minh (antiga Saigon), os pesquisadores da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha) descobriram anomalias em comuns aos pacientes, que serviam para prever se a doença será fatal. Nove dos 14 pacientes morreram.
O vírus H5N1 causa múltiplas infecções pulmonares, "o que normalmente significa pus e infecção em pacientes com febre e tosse", disse o radiologista Nagmi Qureshi.
- Também descobrimos que a gravidade dessas descobertas se mostrava um bom indicador da mortalidade do paciente.
O H5N1 já infectou 133 pessoas na Ásia desde o final de 2003 e matou 68 delas. Vários países da região vêm relatando também casos suspeitos em humanos e infecções em aves. Os cientistas temem que o vírus sofra uma mutação que permita seu contágio entre pessoas, o que poderia gerar uma pandemia com milhões de mortos. A vacina contra a gripe comum não é eficaz contra a aviária, mas antivirais podem combater os sintomas.
Três dos cinco pacientes sobreviventes do estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte, foram submetidos a tomografias computadorizadas mais detalhadas após receberem alta.
Essas imagens mostraram que, embora os sintomas respiratórios tivessem regredido, havia lesões pulmonares semelhantes s de vítimas da síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês), outra doença surgida na Ásia em 2003, que infectou 8.400 pessoas no mundo e matou cerca de 800 delas.
- Entretanto, anomalias adicionais foram descobertas em pacientes da gripe aviária - inclusive fluidos no espaço que cerca os pulmões, nódulos linfáticos aumentados e cavidades formando - se no tecido pulmonar - que estavam ausentes em pacientes da Sars - disse Qureshi.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas