A Rainha Elizabeth terá sua pensão congelada no ano que vem, compartilhando a amargura de parcela da população com o corte de gastos mais duro das últimas décadas.
A rainha da Grã-Bretanha concordou em manter seu pagamento anual em 7,9 milhões de libras (12,22 milhões de dólares), enquanto assessores reais e autoridades do governo conversam sobre uma reforma no sistema que vigora há séculos.
Como em muitos outros países, a Grã-Bretanha está cortando drasticamente os gastos públicos e aumentando os impostos para reduzir um déficit recorde no orçamento.
Apesar de seus vários palácios históricos, abrigando obras de arte de valor inestimável, a terceira rainha britânica que está mais tempo no cargo e seu marido, o príncipe Philip, ainda recebem uma pensão anualmente para ajudá-los a cumprir suas obrigações públicas.
O grosso desse valor vai para o pagamento dos empregados, e o restante é gasto em coisas como imóveis, lavanderias e festas no jardim.
O ministro de Finanças britânico, George Osborne, disse que a monarca deu sua aprovação total ao congelamento de um ano. A rainha não tem aumento no pagamento há 20 anos e o noticiário dos jornais sugere que seus assessores estão fazendo lobby por uma pensão mais alta.
"Por causa da inflação, o pagamento anual de hoje vale apenas um quarto do que era há 20 anos," disse Osborne. "Isso tem exigido uma administração cuidadosa."
Mais de 300 anos depois de o Parlamento ter pago a pensão pela primeira vez, conhecida como a Lista Civil, os ministros consideram reformar o sistema por completo, acrescentou ele num comunicado ao Parlamento.
A pensão da rainha deve passar este ano por uma revisão que ocorre a cada década. Mas o momento é inoportuno, dado o estado precário das finanças públicas e da frágil retomada econômica.
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