O fenômeno foi detectado pelo radiotelescópio de Parkes, na Austrália| Foto: Observatório de Parkes/Divulgação

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram identificar a origem de uma rajada rápida de rádio (FRB), um fenômeno cósmico ainda muito misterioso. Esta rajada de ondas de rádio muito breve, captada por telescópios, veio de uma galáxia situada a 6 bilhões de anos-luz da Terra, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.

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As FRBs foram identificadas em 2007 por uma equipe de cientistas liderados por Duncan Lorimer, a partir de dados recolhidos pelo observatório. Em um milésimo de segundo, elas emitem tanta energia quanto o Sol em 10.000 anos.

É extremamente difícil de detectá-las diretamente. Foi o que fez o radiotelescópio de Parkes, na Austrália, em 18 de abril de 2015, elevando para 17 o número de FRBs identificadas até hoje.

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A causa destas rajadas de rádio é desconhecida e as hipóteses são muitas. “Atualmente temos mais ideias sobre a natureza das FRBs do que o fenômeno em si”, relata Duncan Lorimer, da West Virginia University (EUA).

Essas rajadas poderiam resultas da fusão de estrelas de nêutrons (astros minúsculos mas muito densos, compostos essencialmente de nêutrons), explica à AFP Evan Keane, principal autor do estudo publicado na revista britânica Nature.

Outros cientistas imaginam até sinais extraterrestres. E ele? “Não, sinto muito”, responde Evan Keane, um dos mentores do projeto de rede internacional de radiotelescópios SKA.

Quando o radiotelescópio de Parkes, que mede 64 metros de diâmetro, detecta a FRB 150418, um aviso internacional é dado para que outros telescópios se mobilizem imediatamente.

Logo depois, as últimas luzes da FRB são marcadas. Elas são acompanhados por seis dias.

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Um telescópio localizado na ilha do Havaí, permite em seguida estabelecer que o FRB provém de uma galáxia elíptica situada a 6 bilhões de anos-luz. Um ano-luz corresponde a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.