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Rapper Sean “Diddy” Combs é preso nos EUA sob acusação de ser um “predador sexual violento”
Imagem de arquivo mostra Sean “Diddy” Combs em 2011 participando da estreia do filme Se Beber, Não Case! Parte 2, do diretor Todd Phillips| Foto: EFE/ Paul Buck

O rapper Sean "Diddy" Combs foi preso nesta segunda-feira (16) em Manhattan, em Nova York (EUA) após ser alvo de diversas denúncias que o caracterizaram como um “predador sexual violento”.

Conforme as autoridades, o rapper americano “participou de forma contínua em um esquema generalizado de abuso de mulheres e outras pessoas”.

Diddy Combs foi indiciado nesta terça-feira (17) em um tribunal federal de Nova York por conspiração de crime organizado, tráfico sexual por força, fraude ou coerção e tráfico de pessoas. O artista planeja se declarar inocente, de acordo com a emissora CNN.

A acusação alega que, a partir de 2009, o rapper agrediu mulheres em diversas ocasiões, “socando, esmurrando, arrastando, jogando objetos e dando chutes” nelas.

Diddy Combs também é acusado de manipular mulheres por meio de atos como distribuição de narcóticos, intimidação ou violência para que se envolvessem em “atividades sexuais orquestradas com profissionais do sexo”.

Além disso, o rapper também é acusado de ser o chefe de uma empresa criminosa, a Combs Enterprise, cujos membros se envolveram em tráfico sexual, trabalho forçado, tráfico de pessoas, crimes de narcóticos, sequestro, incêndio criminoso, suborno e obstrução da justiça, entre outros.

Diddy teria utilizado sua empresa e seus funcionários para “conduzir, facilitar e encobrir seus abusos e comércio sexual” e, de acordo com os promotores, conquistou a lealdade dos membros de suas empresas por meio de violência e ameaças.

O rapper também teria “intimidado, manipulado, subornado e ameaçado as pessoas que testemunharam os crimes cometidos por membros e associados da empresa”.

O advogado de Diddy, Marc Agnifilo, disse à CNN que seu cliente “é inocente” das acusações.

O indiciamento do músico de 54 anos ocorre depois que ele se tornou alvo de dez acusações de abuso sexual e estupro de mulheres no ano passado, alegações que Diddy negou.

No entanto, em maio, o rapper emitiu um pedido público de desculpas depois que um vídeo de 2016 foi revelado, no qual chutava e arrastava sua então namorada Cassie Ventura pelos corredores de um hotel de Los Angeles.

Em março deste ano, as autoridades executaram dois mandados de busca e apreensão em suas propriedades em Los Angeles e Miami como parte de uma investigação federal sobre tráfico sexual, tráfico de drogas e posse ilegal de armas.

Polícia encontrou armas, lubrificantes e garrafas em casas do rapper Diddy

O procurador do Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, disse em entrevista coletiva nesta terça-feira que a polícia encontrou armas de fogo e munição, várias caixas de lubrificante e mais de mil garrafas nas casas do rapper Diddy em Los Angeles e Miami, após as buscas realizadas em março, cujos detalhes só agora foram revelados.

Entre as armas encontradas em suas residências de luxo estavam três fuzis AR-15, dois dos quais foram encontrados quebrados no guarda-roupa de seu quarto em Miami, junto com carregadores cheios de munição.

Além disso, também foram encontrados dispositivos eletrônicos contendo imagens e vídeos dos encontros forçados de Diddy entre mulheres e profissionais do sexo - apelidados de “freak offs” pelo rapper - que normalmente envolviam drogas como ketamina (também chamada de cetamina), ecstasy e GHB, e podiam durar vários dias.

De acordo com o procurador, Diddy usava seus associados, funcionários e outros, incluindo supervisores, assistentes pessoais e seguranças, para “ajudar a esconder seus abusos”.

Essas pessoas reservavam quartos de hotel e os enchiam de suprimentos, como drogas, óleo para bebês, lubrificantes ou roupas de cama extras, e depois os limpavam.

O escritório de Williams também foi encarregado de processar o pedófilo Jeffrey Epstein antes de seu suicídio. Perguntado na coletiva se ele está preocupado com a segurança de Diddy, o procurador negou que haja qualquer conexão entre o que aconteceu com Epstein e “o que pode ou não acontecer” com o rapper.

Williams falou sobre sua intenção de manter Diddy na prisão antes do julgamento, já que “existe a possibilidade de prisão preventiva em casos como esse e acreditamos que ela se justifica”.

O procurador acrescentou que a investigação está em andamento e agradeceu às testemunhas e vítimas por “ajudarem a esclarecer” o caso.

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