O Japão faz buscas pela brasileira Erika Inomata, de 34 anos, que desapareceu na tarde de quarta-feira durante a passagem do Tufão Roke pelo país. Segundo a imprensa japonesa e a agência portuguesa Lusa, a brasileira foi arrastada pelas águas do Rio Hayakawa, na região de Minobe, no centro do país.
Erika tentava passar a pé pela ponte sobre o rio, acompanhada pelo também brasileiro Marcos Kanematsu, de 32 anos, quando ventos fortes levaram os dois em direção à água. Kanematsu foi resgatado na manhã de ontem por um helicóptero do Corpo de Bombeiros.
Os grupamentos de salvamento agora tentam localizar Erika e mais quatro pessoas desaparecidas. O tufão deixou ao menos dez mortos no Japão e outros 314 feridos.
Ontem, a tempestade se afastou do território japonês. Apesar dos estragos em diversas regiões, a usina nuclear de Fukushima, danificada pelo terremoto e a tsunami de março, resistiu à tempestade e não voltou a apresentar novos problemas, como temiam alguns.
A tormenta atingiu 22 províncias do país, levou ao cancelamento de mais de 600 voos, dos serviços ferroviários e das atividades do trem de alta velocidade que liga a capital Tóquio à cidade de Osaka. Pelo menos 120 mil pessoas ainda enfrentam dificuldade de locomoção no Japão.
Em Tóquio, que recuperou a tranquilidade durante a noite de quarta para quinta-feira, houve cortes de eletricidade e o tufão arrancou muitas árvores, sem deixar feridos. Os trens e metrôs da capital, suspensos durante parte do dia, foram progressivamente reativados durante a tarde de ontem, quando milhares de trabalhadores tentavam voltar para casa.
Entre as empresas, a maior montadora japonesa de automóveis, Toyota, suspendeu a produção em 11 de suas 15 fábricas japonesas pela chegada do tufão, afirmou um porta-voz. O grupo de indústrias pesadas Mitshubishi Heavy Industries (MHI) interrompeu a produção em cinco fábricas de aeronáutica e motores, no centro do país.
O Japão é atingido por pelo menos uma dezena de tufões por ano, entre julho e outubro. Os arranha-céus das grandes cidades são construídos para resistir tanto a intensas rajadas de vento quanto a terremotos.