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O ex-comandante servo-bósnio Ratko Mladic, preso na Sérvia na última quinta-feira e extraditado depois de 16 anos foragido, vai enfrentar amanhã as acusações de geno­­cí­­dio no Tribunal Penal Interna­­cional para a ex-Iugoslávia, em Haia.

"Mladic usou o seu poder para cometer atrocidades que partiram uma nação ao meio e destruíram comunidades, e deve ser responsabilizado por isso", disse ontem um promotor de crimes de guerra da Or­­ganização das Nações Unidas (ONU).

Mladic também é acusado por perseguição, extermínio e homicídios, deportações, atos desumanos e por tomar reféns, atrocidades cometidas durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Ele é suspeito de ser a mente por trás do massacre de 8 mil homens e meninos muçulmanos em Sre­­bre­­nica, em 1995 – a pior atrocidade na Europa desde a Se­­gunda Guerra.

O ex-comandante ainda é acusado pelo cerco de 44 meses a Sarajevo, quando 10 mil pessoas morreram.

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