O ditador Raúl Castro, cuja ratificação no posto máximo do governo de Cuba por mais cinco anos é esperada para domingo, surpreendeu jornalistas ao prometer ontem, ainda que aparentemente em tom de brincadeira, que pretende renunciar ao poder.
"Vou renunciar. Já vou completar 82 anos. Tenho direito de me aposentar já. Não acreditam?", lançou, com leve sorriso, aos que acompanhavam seu encontro com o premiê russo, Dmitri Medvedev, em Havana.
"Esperem meu discurso. [Será] um discurso interessante. Assistam", disse.
O irmão mais novo de Fidel, no comando formal da ilha desde 2008, deve falar domingo na abertura da nova legislatura cubana.
Os 612 deputados do Partido Comunista, o único legal no país, foram chancelados nas urnas neste mês e votarão para escolher os integrantes do Conselho de Estado, a cúpula do Executivo.
Espera-se que Raúl seja ratificado como presidente do conselho. Se cumprir sua própria proposta de limitar a dois mandatos todos os cargos governamentais, será seu último período de cinco anos à frente da ilha na qual implementa reformas econômicas.
Para observadores e analistas da ilha, as escolhas de domingo podem trazer pistas sobre a transição política para a era pós-Castro.
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