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O presidente de Cuba, Raúl Castro, assegurou nesta quinta-feira que o plano de reformas para atualizar o modelo econômico da ilha "marcha a passo seguro" e já começa a tratar de questões de "maior alcance, complexidade e profundidade".

"Tudo o que fazemos é dirigido à preservação e ao desenvolvimento em Cuba de uma sociedade socialista sustentável e próspera, única garantia da independência e soberania nacionais", destacou Raúl no discurso com o qual encerrou o plenário da Assembleia Nacional, o último do ano e da atual legislatura.

Raúl repassou perante o plenário alguns dos ajustes empreendidos na ilha, como a ampliação do trabalho privado ou "por conta própria", uma modalidade à qual já se somaram quase 400 mil cubanos.

Esse setor, disse, será reforçado com medidas como o arrendamento de propriedades estatais para negócios gastronômicos, a flexibilização das relações de pagamentos ao setor privado por parte das empresas estatais e a concessão de licenças para exercer novas atividades de forma autônoma.

O líder cubano também citou medidas em estudo ou em fase experimental como a reordenação e o fomento de um mercado atacadista, a criação de cooperativas privadas não agropecuárias e a análise para superar o "fenômeno" da dualidade monetária regente no país.

Para garantir o êxito da atualização econômica, advertiu Raúl, "é imprescindível" romper a colossal barreira psicológica que resulta de uma "mentalidade arraigada em hábitos e conceitos do passado".

Como é habitual no plenário parlamentar de dezembro, Raúl resumiu o comportamento econômico do país no ano que se encerra, quando "não se alcançou a meta projetada", mas "se preservou a tendência propícia de crescimento" ao avançar o Produto Interno Bruto 3,1%, contra os 3,4% previstos.

Uma das "insatisfações" no plano econômico de 2012 foi "a falta de integralidade" no referente a investimentos devido a deficiências, demoras, baixa produtividade e descumprimentos de prazos.

Projetando o próximo ano, Raúl enfatizou a entrada em vigor da nova lei tributária e lembrou que "os impostos constituem um instrumento fundamental da política econômica do país por ser a principal fórmula de redistribuição da renda nacional".

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