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Guerra no Leste Europeu

Reação da OTAN, origem do míssil e resposta militar: o que se sabe sobre o ataque à Polônia

Míssil atingiu território polonês na terça-feira (16). (Foto: Reprodução/ Twitter)

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A OTAN não acredita que a Rússia tenha atacado a Polônia e considera que o míssil que caiu no território do país e matou duas pessoas pertencia à defesa aérea da Ucrânia, segundo afirmou nesta quarta-feira (16) o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.

"Não temos indícios de que isso tenha sido resultado de um ataque deliberado e não temos indícios de que a Rússia esteja preparando ações militares ofensivas contra a OTAN", disse Stoltenberg em entrevista coletiva após uma reunião de emergência do Conselho do Atlântico, órgão de tomada de decisões da organização.

A análise preliminar da Aliança "sugere que o incidente foi provavelmente causado pelo míssil de defesa aérea ucraniano disparado para defender o território ucraniano contra ataques de mísseis de cruzeiro russos", afirmou o secretário-geral da Aliança.

O presidente polonês, Andrzej Duda, declarou em Varsóvia que é "provável" que o míssil que atingiu o território do país tenha sido "lançado pela Ucrânia" e acrescentou que "nada indica" que se trate de um "ataque intencional contra a Polônia".

Líderes mundiais fizeram, durante o evento do G20 na Indonésia, uma reunião de emergência para discutir sobre a situação no Leste Europeu.

A Rússia também declarou que o projétil foi disparado por um sistema de defesa das forças de Kiev.

De acordo com a agência Associated Press, três autoridades dos EUA disseram, sob condição de anonimato, que avaliações preliminares sugeriram que o míssil foi disparado por forças ucranianas contra um míssil russo em meio a fortes ataques contra a infraestrutura elétrica da Ucrânia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também informou aos membros do G7 e da OTAN que a explosão foi causada por um ataque de míssil da defesa aérea ucraniana, conforme revelou uma fonte da aliança à agência Reuters nesta quarta-feira (16). Joe Biden havia dito anteriormente que era improvável que o míssil tivesse sido disparado da Rússia, com base em relatórios anteriores.

Segundo a ministra da Defesa belga, Ludivine Dedonder, que trabalha nas investigações ao lado da Polônia, a explosão foi resultado de sistemas de defesa aérea ucranianos, usados ​​para "contra-atacar mísseis russos". Dedonder publicou no Twitter sobre várias "explosões" em território polonês, que ocorreram durante o massivo bombardeio russo na Ucrânia.

"Com base nas informações disponíveis, seriam destroços de mísseis russos e mísseis antiaéreos ucranianos que atingiram o solo polonês. As análises ainda estão em andamento para determinar com certeza tanto a origem dos disparos quanto os objetivos que esses mísseis atingiriam. Com base nas informações atualmente disponíveis, no entanto, não há nada que indique que foi um ataque deliberado a um ou mais alvos poloneses", declarou Dedonder em um comunicado.

Algumas forças do Exército polonês e outros órgãos de segurança do país foram colocados em estado de alerta máximo e, em mensagem na quarta-feira, o ministro da Defesa polonês, Mariusz Blaszczak, informou que "os sistemas de defesa aérea e unidades militares selecionadas, tanto de forças terrestres como da Marinha, estão em alerta máximo".

"O Exército polonês está monitorando a situação. Estamos em contato constante com nossos aliados", concluiu o comunicado do ministro.

Após confirmar uma explosão provocada por um míssil na cidade polonesa de Przewodów (leste), a poucos quilômetros da fronteira com a Ucrânia, que causou a morte de duas pessoas, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, falou à imprensa ontem à noite para pedir calma aos seus compatriotas e alertou contra a proliferação de notícias falsas, provocações e desinformação "que só beneficiam a Rússia".

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