A Ucrânia anunciou nesta quinta-feira (17) que está impondo sanções e proibindo a entrada no país a cerca de 400 personalidades, incluindo jornalistas de veículos como BBC e “El País”, além de 90 entidades jurídicas. O motivo é o suposto apoio à anexação da Crimeia pela Rússia e o conflito separatista no Leste ucraniano.
Entre os sancionados por um ano, estão funcionários de alto escalão do governo russo e líderes separatistas, além de jornalistas. Entre eles, estão correspondentes da BBC instalados em Moscou e repórteres dos jornais “El País” e “Die Zeit”. A decisão foi adotada no início do mês pelo conselho de segurança e ratificada pelo presidente Petro Poroshenko.
Outras personalidades ligadas à Rússia já foram sancionadas por Kiev, como o ator francês Gerard Depardieu, ligado ao presidente Vladimir Putin desde que recebeu um passaporte do país.
No mesmo dia, o grupo separatista que controla a cidade de Donetsk confirmou a realização de eleições locais em 18 de outubro.
“ A República Popular de Donetsk é um Estado independente e democrático, e a eleição das instâncias de governança local é um passo importante para todos os cidadãos da República”, declarou o líder separatista Alexander Zajartchenko.
Poroshenko, por sua vez, afirmou que a decisão é “irresponsável e prejudica o processo de paz”. Pelo acordo de paz acertado em Minsk por autoridades internacionais, as eleições devem ser feitas até o fim do ano nas regiões, mas sob regência do governo ucraniano. Kiev já comandaria este pleito uma semana depois, em 25 de outubro.
O conflito ucraniano já deixou mais de 8 mil mortos desde abril de 2014.
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