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Dois grupos rebeldes da Síria reivindicaram a autoria de um atentado que matou vários funcionários de alto escalão do governo na quarta-feira, inclusive o ministro da Defesa, Daoud Rajha.

"Ficamos felizes de informar ao povo da Síria e especialmente ao povo da capital que o Departamento Nacional de Segurança, que inclui a chamada célula de gestão de crise, foi atacada por um dispositivo explosivo pela brigada Sayyed al Shuhada, do Liwa al Islam", afirmou o grupo.

"Vários pilares do regime foram mortos", acrescentou.

Mas o Exército Sírio Livre, outro grupo rebelde, também reivindicou a autoria do ataque, segundo seu porta-voz Qassim Saadedine. "Este é o vulcão de que falávamos, acabou de começar", disse.

Uma fonte de segurança na Síria disse à Reuters que um guarda-costas presidencial detonou os explosivos durante uma reunião de ministros, militares de alta patente e chefes de agências de segurança.

Por telefone, um porta-voz do Liwa al Islam repetiu a reivindicação de autoria, mas negou que se tratasse de um atentado suicida.

"Sim, realizamos o ataque, mas não foi um homem-bomba", disse o homem, que se identificou como Abu Ammar. "Nossos homens conseguiram plantar os explosivos improvisados no prédio para a reunião. Planejamos isso durante mais de um mês."

A explosão matou o ministro da Defesa sírio e seu vice, um cunhado de Assad, além de um general, ex-ministro da Defesa. Uma fonte síria de segurança disse à Reuters que o ministro do Interior, Mohammad Ibrahim al Shaar, ficou ferido, mas está em situação estável, e que o chefe de inteligência, Hisham Bekhtyar, está sendo operado.

Há 16 meses o regime de Bashar al Assad reprime com violência uma rebelião que tenta encerrar quatro décadas de domínio da família dele sobre o país. Os protestos, inicialmente pacíficos, transformaram-se nos últimos meses em um conflito armado, qualificado por alguns como guerra civil.

Moradores da capital disseram não ter escutado nenhuma explosão no centro da cidade, nem visto fumaça.

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