Rebeldes estão se preparando para enviar militantes para atacar a Rússia em qualquer parte de seu território, e podem iniciar os ataques a qualquer dia, afirmou um porta-voz do movimento separatista da república russa da Chechênia.
Em comentários publicados num site, Movladi Udugov afirmou que o movimento separatista rejeitou a democracia ocidental, e prefere estabelecer um Estado governado pela lei islâmica.
Seus comentários devem gerar preocupações de que os rebeldes possam estar prontos para utilizar homens-bomba, que já atacaram anteriormente alvos civis em Moscou e no Cáucaso. Mas ataques desse tipo não são registrados desde 2004.
"Nosso objetivo mínimo (não admitir derrota) foi conquistado. Agora temos um objetivo diferente, que é a guerra total, guerra em todo lugar em que você possa encontrar o inimigo...uma guerra de grupos móveis e indivíduos, que possam operar de forma autônoma pelas costas do inimigo sem esperar ordens", disse Udugov.
"Não estamos contando com o tamanho dos ataques, mas com sua eficiência. E isso requer realizar ataques em qualquer lugar da Rússia, não apenas no Cáucaso."
O debate entre chechenos pró-ocidente e islâmicos de tendência saudita dividiram a região depois que tropas soviéticas deixaram o local, em 1996, e o governo independente adotou alguns elementos da lei islâmica, alienando muitos ex-aliados.
Quando o Exército soviético foi enviado novamente para a Chechênia, em 1999, o Kremlin afirmou querer desmontar o extremismo religioso em nome da constituição secular russa.
Ironicamente, os chechenos pró-Moscou, que agora estão no poder, têm eles mesmos trazido elementos da lei religiosa, obrigando mulheres a usarem véus e adotando uma postura mais severa com o consumo de álcool e jogos.
