Insurgentes que iniciaram na semana passada uma ofensiva surpreendente contra as forças do ditador da Síria, Bashar al-Assad, chegaram nesta sexta-feira (6) à região da cidade central de Homs, num momento de recrudescimento da guerra civil iniciada em 2011, no qual outros países árabes recomendam ao líder sírio para que deixe o país.
Numa mensagem no Telegram, insurgentes afirmaram que suas forças “libertaram a última vila nos arredores da cidade de Homs e agora estão em seus muros”, segundo informações da agência Reuters.
O grupo islâmico que lidera a ofensiva, ex-afiliado da Al-Qaeda e agora conhecido como Hayat Tahrir al-Sham (HTS), deu um ultimato às forças de Assad em Homs para desertar.
Mais cedo, duas fontes de segurança libanesas de alto escalão haviam informado à Reuters que o grupo terrorista Hezbollah enviou algumas “forças de supervisão” para a Síria para impedir a tomada de Homs pelos rebeldes, mas, segundo agências internacionais, a queda da cidade parece iminente.
Na quinta-feira (5), o Exército da Síria já havia retirado suas unidades militares posicionadas fora da cidade de Hama depois que facções rebeldes entraram na cidade, tornando-a a segunda capital de província a ser tomada na ofensiva relâmpago dos insurgentes, que já haviam dominado Aleppo na sexta-feira passada (29).
Homs também está localizada na rodovia M5, a espinha dorsal do país, que conecta o sul e o norte da Síria, e sua queda pode ser um golpe decisivo para Assad.
Segundo informações do americano The Wall Street Journal (WSJ), após os filhos e a esposa do ditador terem viajado para a Rússia e seus cunhados para os Emirados Árabes Unidos na semana passada, autoridades egípcias e jordanianas recomendaram que Assad deixe o país e forme um conselho de administração interino que inclua representantes da oposição. A Jordânia anunciou o fechamento da sua fronteira com a Síria nesta sexta-feira.
A Rússia, aliada de Assad na guerra civil, orientou aos seus cidadãos na Síria para que deixem o país.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que não vinha comentando a escalada dos confrontos na Síria, manifestou nesta sexta-feira apoio aos rebeldes. Ancara ajudou as forças contrárias a Assad durante grande parte da guerra, mas negou que esteja prestando apoio a elas neste momento.
“O alvo é Damasco. Eu diria que esperamos que esse avanço continue sem problemas”, afirmou, alegando, entretanto, que ao longo do ano buscou contato com Assad para normalizar relações e discutir a paz na região.
Os combates na guerra civil síria haviam diminuído bastante de intensidade nos últimos cinco anos, antes da ofensiva rebelde iniciada no último dia 27.
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