
Kilimanyoka, Congo - Os rebeldes congoleses liderados pelo general renegado Laurent Nkunda avançaram ontem até os limites da cidade de Goma e declararam um cessar-fogo, para evitar que a população entre em pânico e também para permitir que deixem a cidade. Soldados do governo requisitaram e confiscaram automóveis para fugir, enquanto milhares de civis, em torrentes de miséria humana, tiveram que fugir a pé. Dezenas de milhares de moradores já fugiram.
As forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e o exército começaram a recuar na terça-feira, após o avanço dos rebeldes. O governador de Goma, Julien Mpaluku, reconheceu ontem que o pânico estava se espalhando pela cidade, que tinha 600 mil habitantes antes das fugas em massa dessa semana. Ele não confirmou se o exército desertou na cidade, mas afirmou que soldados da ONU ainda estavam em Goma.
Ontem o Exército do Uruguai negou que seus soldados tenham fugido da zona de conflito no Congo, apesar de jornalistas da Associated Press terem visto e filmado tropas uruguaias se afastando da frente de batalha.
O fracasso das forças de paz da ONU para deter a rebelião enfureceu os congoleses. Eles apedrejaram os caminhões, cheios de soldados uruguaios, acusando-os de não cumprir a missão de proteger a população civil. O Uruguai enviou um contingente de 1,3 mil soldados ao Congo, como parte da força de paz de 17 mil soldados que as Nações Unidas mantêm no país africano.
O ex-general Nkunda ameaça tomar a cidade de Goma, apesar da advertência do Conselho de Segurança da ONU para que respeite o acordo de cessar-fogo assinado em janeiro. O conflito no ex-Zaire já dura 14 anos.
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